Este ano não chegou a uma dúzia o número de expositores portugueses no Mobile World Congress que termina hoje em Barcelona. E não são todos fáceis de descobrir, até porque muitos deles expõem em conjunto com outros parceiros internacionais, em stands de marca alheia, e por isso não aparecem nas listagens. Mas como sempre fazemos, o TeK preparou o trabalho ainda em Lisboa e em Barcelona foi à procura dos stands para perceber as novidades e o interesse de investir na principal feira de tecnologia móvel.

Como é natural, devido à dimensão e estado de maturidade das empresas, o tipo de presença e investimento é bastante diferente, e também a localização. A WeDo Technologies, a TIMWE, a WIT Software e a Cellfocus são as empresas com maior espaço ocupado e stands de grande dimensão, enquanto outras empresas como a Aptoide e a iMobileMagic têm presenças com menor investimento, mas localizadas no pavilhão que lhes interessa mais, o das aplicações.

Claro que era bom ver mais stands de grande dimensão, ou pavilhões como o de Espanha, França ou mesmo Israel, que agregam dezenas de pequenas empresas e mostram um mercado fervilhante de startups a tentar uma oportunidade nesta área. Mas não há.

Apesar da proximidade física com Portugal e do interesse pelo mercado de tecnologia móvel, o número das empresas que arrisca investir não é representativo do que se faz em Portugal nesta área. Os outros estão em Barcelona só como visitantes e, pode parecer estranho, mas não é difícil encontrar caras conhecidas pelos corredores do MWC, apesar de estarem mais de 90 mil participantes a circular em ritmo acelerado pelo espaço da Fira.

Nos últimos anos a permanência na feira também é uma forma de medir o interesse e o sucesso das marcas portuguesas, e são poucas as que mantêm uma presença regular em Barcelona. A WeDo Technologies é a que tem mais história estando como expositora desde 2002, mas a WIT Software também já está na feira há 11 anos, e outras marcas já somam experiências de alguns anos consecutivos como expositores. Pelo meio há abandonos, muitos na sequência de uma avaliação de custo/benefício pouco positiva, como contamos nesta peça e que verificámos também com expositores que abandonaram o MWC.

E afinal o que têm as empresas portuguesas para mostrar em Barcelona? Siga as próximas páginas onde contamos tudo.

Próxima empresa - Aptoide: 4 dias para divulgar a loja de aplicações e conquistar novos parceiros

Aptoide: 4 dias para divulgar a loja de aplicações e conquistar novos parceiros
Hall 8.1 Stand G59
Ainda muito jovem, a startup portuguesa que quer trilhar caminho no mercado das ojas de aplicações Android já marca presença na feira há quatro anos e o percurso tem sido de grande crescimento. Com mais de 97 milhões de utilizadores da loja, a Aptoide consegui uma nova ronda de investimento que vai permitir novos voos ao projeto que já desafiou a gigante Google.
O investimento feito no MWC de 2016 é semelhante ao do ano passado mas Paulo Trezentos acredita que vale a pena, até porque a feira continua a ser o local onde a indústria se reúne, e “o número e qualidade de expositores é muito elevada”. A diversidade geográfica dos participantes é também um dos pontos fortes, até porque para além de Europa e Estados Unidos, há muitos visitantes do Médio-Oriente, América Latina e Africa.

Aumentar o espaço do stand é uma possibilidade, mas o fundador da Aptoide admite que não tem sido fácil, até porque a empresa quer manter a boa localização. E nos vários dias de feira muita gente tem passado pelo espaço, de tal maneira que foi difícil arranjar algum “intervalo” entre reuniões e pedidos ad-hoc de esclarecimento para falar com Paulo Trezentos ou Álvaro Pinto, fundadores do projeto.
E como tem sido o percurso da empresa neste início de 2016? A Aptoide quer manter o crescimento da base de utilizadores e das receitas e as operações na Ásia (Singapura e Shenzhen) lançadas no ano passado, que estão em velocidade cruzeiro e que serão um fator diferenciador, explica Paulo Trezentos. Para este ano a América Latina será a principal aposta.
“México e Brasil continuam a ser mercados em que estamos a ter um crescimento superior e pretendemos alavancar essa base em parcerias”, justifica. As metas definidas são ambiciosas. Todos os anos a Aptoide tem conseguido duplicar a base de clientes, e agora com 97 milhões Paulo Trezentos põe a fasquia nos 200 milhões em 2016 e 400 milhões em 2017.

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Difícil? Sim. Impossível, talvez não. A aposta numa versão light da loja, a Aptoide Lite, indicada para países emergentes onde a largura de banda é escassa, e a massificação esperada no mercado dos televisores Android, com a app Aptoide TV instalada, podem fazer com estes números se concretizem.
Com 7 pessoas mobilizadas para a feira em Barcelona a Aptoide garante ter resposta para todas as áreas. E já há para marcar presença noutras exposições como a Casual Connect (Singapura, Maio) e a Echelon (Singapura, Junho). Na Europa a IFA está também a ser analisada, mas não há nada fechado.

Próxima empresa - Celfocus: Uma visão passa pela internacionalização

Celfocus: Uma visão passa pela internacionalização
Hall 6 Stand L40
É no mercado internacional que a empresa que resulta de uma joint venture entre a Novabase e a Vodafone faz mais de dois terços da sua faturação. E por isso não de estranhar que queira ter um “palco” digno disso num dos maiores eventos do mercado móvel.
“O Mobile World Congress permite-nos falar com um grande número de clientes e parceiros no espaço de 4 dias. Para além disso, conseguimos ter uma visão integrada de onde está e para onde vai o mercado das telecomunicações” explicou ao TeK Paulo Glórias, diretor de desenvolvimento de negócio da Celfocus.
Apesar de ser apenas o segundo ano no MWC16, a Celfocus tem uma das maiores presenças entre os expositores portugueses, num investimento significativo que implicou também a mobilização de uma equipa de 11 pessoas.

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Com presença em Lisboa, Porto, Londres, Dubai e Istanbul a empresa tem já uma visão de internacionalização muito marcada, estando a alargar negócio no mercado do Médio Oriente e África. Em 2015 a empresa “conseguiu um crescimento do negócio muito significativo, consolidando a sua presença nos principais clientes, e começando a rentabilizar o investimento que tem feito em produtos próprios”, e a nova versão da família de produtos GOWING, uma solução de Omnichannel para operadores de telecomunicações é um dos destaque na feira.
A Internet das Coisas, que foi uma das principais buzzwords do MWC, está também na rota de investimento da empresa que está a desenvolver uma plataforma de gestão de dispositivos móveis que poderá ser útil aos operadores.
Para além do MWC a Celfocus está presente habitualmente em mais dois eventos: TMForum Live, em Nice, e no Telecoms World Middle East, no Dubai, a que se soma a participação em eventos de parceiros como a Oracle, Callidus, Huawei, Amdocs, entre outros. E no próximo ano é provável que os voltemos a encontrar no MWC.

Próxima empresa - CleenBeen Technologies e Hype Labs: o future começa já hoje

CleenBeen Technologies e Hype Labs: o futuro começa já hoje
4YFN
As duas empresas são estreias no MWC e estão juntas nesta página por uma simples razão: participaram na exposição do Four Years From Now (4YFN), com exposição na Fira Montjuic e não na Fira Gran Via, enquanto a Veniam é convidada da Qualcom. Estão a dar os primeiros passos mas não quiseram desperdiçar a possibilidade de “aparecer” no maior evento do sector das telecomunicações.
O TeK tentou perceber o percurso de cada uma e os seus objetivos na feira de Barcelona, e a ambição é comum aos projetos.
A CleenBeen Technologies é uma startup que tem poucos meses de vida, tendo sido criada em setembro de 2015. Mário Marques, COO e Co-Founder explicou ao TeK que o objetivo é criar uma plataforma que permita monitorizar em tempo real o 'compliance' dos procedimentos de higiene em ambiente hospitalar, contribuindo para a diminuição do surgimento e propagação de infecções nosocomiais (MRSA, pneumonia Klebsiella, etc...). A plataforma já está com três pilotos agendados, em Portugal, no Brasil e na Alemanha.
A startup foi selecionada como uma das oito finalistas do prémio 4YFN na categoria de IoT e o investimento feito foi “a viagem e a estadia”, tendo mobilizado duas pessoas para a feira, com a intenção de apresentar a plataforma e atrair investidores.
A Hypelabs www.hypelabs.io aproveitou a “boleia” da T-Mobile para Barcelona, através da sua filial dedicada a startups, a hub:raum, e esta não é a primeira presença da startup nestes mundos de feiras, tendo marcado presença em várias exposições e conferências, como o Web Summit 2014 & 2015 (Dublin), Texas-EU Venture Growth Initiative (Austin, Texas), Lisbon Investment Summit (Lisboa) e Feira do Empreendedor (Porto). “Eu fui convidado a participar na exclusiva Thiel Fellowship Summit (Las Vegas & San Francisco), e pelo caminho já estivemos em mais uma série de eventos do género em países como Brasil, Inglaterra e Polónia, mas já nem nos recordamos dos nomes dos mesmos (no entanto eram bastante mais pequenos)”, confessa Carlos Lei, um dos fundadores e CEO da Hype Labs.
Em Barcelona a ideia é dar a conhecer a solução que vai ser lançada em meados de Abril, mas também criar novas relações de negócio e parceria.
A Hype Labs foi criada no Porto, em 2014, que surgiu por via de um “pivot” de uma outra ideia enquanto os fundadores participavam no programa de aceleração de startups da UPTEC. O seu principal foco é o desenvolvimento de uma framework que pode facilmente ser integrada em qualquer aplicação móvel, e que permite aos dispositivos comunicar mesmo quando não existe acesso à internet.
Carlos Lei explica que no último ano foi fechada a parceria com a Deutsch Telekom/T-Mobile, através da hub:raum e que a pré-beta chegou a quase 1 milhão de utilizadores da framework. Atualmente tem “quase duas centenas de entidades em pré-registo interessadas em utilizar a nossa solução (sem qualquer tipo de marketing)”. E o palco no 4YFN e no MWC pode ajudar a aumentar estes números.

Próxima empresa - iMobile Magic / Phonenear: Uma oportunidade única de mostrar a solução de localização e segurança dos telemóveis

iMobile Magic / Phonenear: Uma oportunidade única de mostrar a solução de localização e segurança dos telemóveis
Hall 8.1 Stand H58
Para a iMobile Magic o MWC é “a feira” que justifica o investimento e a presença da empresa. Marco Leal, CEO, explica que este é o terceiro ano em que estão presentes. E porquê? “O MWC é o evento mais importante a nível mundial da área das telecomunicações. O produto estrela da iMobileMagic é o PhoneNear Family Safety que é uma solução cloud de localização e proteção familiar para operadores móveis. Assim, faz todo o sentido para nós continuarmos a ter uma montra neste evento que reúne praticamente todos os operadores móveis do mundo”, resume.
Todos os anos o resultado tem sido positivo: há sempre bons contactos com operadores móveis que se têm convertido em oportunidades de negócio concretas. E este ano não deve falhar. “O nosso objetivo com a presença na feira é estabelecer contactos com potenciais clientes. Já vimos para o MWC com reuniões marcadas com vários operadores móveis a quem vamos mostrar esta nova versão [do Family Safety]”, adiantou ao TeK.

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O investimento é o mesmo mas a localização do stand é mais central, e um bom palco para apresentar a versão 4.0 do Family Safety, com novas funcionalidades de localização familiar, controlos parentais e smartwatches. Este ano o produto foi lançado em mais 3 operadores móveis e foram estabelecidas parcerias estratégicas com grandes players mundiais na área da integração de serviços móveis em operadores de telecomunicações.
Quanto à presença possível noutras feiras este ano, Marco Leal é categórico. “Não, não há mais nenhuma feira a esta dimensão e com este foco que justifique a nossa presença.”

Próxima empresa - SEQR Portugal: Pagamentos em português para toda a Europa

SEQR Portugal: Pagamentos em português para toda a Europa
Hall 7 Stand E41 – Stand da Suécia
E o que faz uma empresa listada como portuguesa no stand da Suécia? É o caso da SEQR (se.cure), uma empresa satélite da empresa Seamless (www.seamless.se), cotada na bolsa de Estocolmo, que desenvolve wallet que garante ser a mais utilizada em lojas e online na Europa. João Duarte, Country Manager da SEQR Portugal, Spain & Italy explicou ao TeK que a plataforma de transação única do SEQR foi desenvolvida pela Seamless, um dos maiores fornecedores de sistemas de pagamento para telemóveis do mundo. E ai está a ligação.
Em 2013, o SEQR ganhou o Mobile Money Global Award na categoria de Best Mobile Money Deployment na Europa, e em Portugal são várias as empresas que já usam a solução, desde a Starfoods, a NATA Lisboa, a Science4You, o Grupo Lanidor, Foreva, Livraria Almedina e Parques de Estacionamento da ESSE.
É a primeira vez que a empresa está a expor em Barcelona, mas não é uma estreia em congressos e feiras, até porque já participou nos vários SmartCards em Portugal, e no Money2020 em Las Vegas, assim como em diversas feiras europeias, sendo a próxima o Money2020 em Copenhaga. [caption][/caption]
O investimento total ronda os 10 mil euros no MWC16, mas a expectativa é obter boas leads em termos de parcerias tecnológicas, mas não em clientes, até porque estes são principalmente da área do retalho.
No MWC João Duarte quer apresentar aos clientes as novas funcionalidade lançadas no último ano, que complementam o conceito de carteira móvel, como o Shop on the Spot, com compra através de uma imagem publicada num meio como as redes sociais, outdoors ou revistas, e o Instant Checkout, que permitir realizar compras on-line sem efetuar o registo no site.
Para o final do primeiro trimestre de 2016 está prometida uma nova funcionalidade que vai permitir utilizar o SEQR em todos os meios que aceitem pagamentos contactless, através da tecnologia NFC.

Próxima empresa - Sensefinity: desenhar rotas de sucesso

Sensefinity: desenhar rotas de sucesso
Hall 8 stand D42 (com a EIT)
A pesquisa do TeK por empresas portuguesas não encontrou a Sensefinity, mas a Senfinity encontrou o TeK. Orlando Remédios, CEO da empresa que tem por mote “Everything Connects” percebeu que queríamos localizar empresas portuguesas em Barcelona e levantou a bandeirola de alerta.
O nome da empresa não consta da lista de expositores mas havia lugar marcado para a Sensefinity no stand da EIT Digital, já que a empresa portuguesa foi vencedora do EIT Digital Idea Challenge na categoria de Internet of Things.
A empresa Sensefinity já foi fundada em 2013 com o objetivo de criar uma solução integrada de IoT que permite as empresas ligarem os seus ativos físicos, sejam máquinas, mercadorias ou mesmo animais, aos processos informatizados.
Com várias reuniões marcadas na feira, Orlando Remédios afirma que quer aproveitar a oportunidade para apresentar o Sensorice, produto que a empresa está a lançar e que pretende internacionalizar este ano.
“O Sensorice é uma solução completa para garantir a segurança de vacinas, evitar o desperdício de alimentos e ajudar a manter a qualidade e higiene na indústria da Restauração”, explica ao TeK. E pode ser que as reuniões tragam bons resultados e a oportunidade de repetir a experiência no próximo ano.

Próxima empresa - Veniam: Ligações garantidas para as cidades inteligentes

Veniam: Ligações garantidas para as cidades inteligentes
Hall 3 Stand E10 (com a Qualcomm)
Não faltam notícias sobre a Veniam nos últimos meses. A empresa completou há poucas semanas uma nova ronda de investimento (Serie B) assegurado por vários fundos e os projetos passam pela internacionalização da tecnologia que permite criar e gerir redes Wi-Fi tirando partido de frotas urbanas.
Barcelona é uma das cidades onde a Veniam já tinha revelado que mantém contactos para experimentar a mesma tecnologia que já implementou nos transportes públicos da cidade do Porto, tal como existem negociações em Nova Iorque, Londres e Singapura, mas é nesta última cidade que deverá concretizar-se o primeiro negócio, como adiantaram os fundadores ao TeK. 
Em Barcelona a empresas esteve entre as cinco empresas nomeadas na categoria Melhor Inovação Móvel para a Internet das Coisas, uma das áreas distinguidas pela GSM Association, mas não recebeu o prémio.
No MWC é no stand da Qualcomm que a Veniam demonstra a tecnologia de veículos conectados e smart cities, mas a boleia pode ajudar a projetar a tecnológica portuguesa para novos rumos, como aconteceu já no Cisco Live em Berlim.

Próxima empresa - TIMWE: O negócio não pára de crescer e o espaço na feira também não

TIMWE: O negócio não pára de crescer e o espaço na feira também não
Hall 2 Stand F40
2016 é só o terceiro ano de presença da empresa na feira em Barcelona, mas há um reforço do investimento e do espaço ocupado, que reflete o crescimento do negócio da empresa. Este é o maior stand português e marca a posição da multinacional que este ano fez o rebranding criando o TIMWE Group e lançando três novas marcas, a DIGIWE, TECHWE e a GOVWE para acolher o crescimento das principais áreas de negócio.
Presente com escritórios em mais de 30 países, e com soluções instaladas em cerca de 300 operadores e parceiros de todo o mundo, a TIMWE aposta no MWC como um ponto central para encontros com clientes e parceiros, mas também dos seus colaboradores, que já ultrapassam os 500.
Embora admita que não é fácil medir o retorno de um investimento como este, a TIMWE admite que a presença no MWC tem sido “sempre uma aposta vencedora”.
“O investimento justifica-se pois é uma forma de estarmos mais perto dos clientes e parceiros que temos em todo o mundo, para além de ser uma excelente oportunidade para divulgar as nossas novidades, uma vez que se trata de um evento anual que reúne o mercado mundial”, reforça Diogo Salvi, CEO da TIMWE.

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O stand tem várias salas de reuniões, mas este ano conta com mais espaço para apresentação e demonstração de produtos, entre os quais se destacam o WorldKidz, um jogo para as crianças explorarem o mundo de uma forma interativa, mas também o CR7 Live club com informação sobre Cristiano Ronaldo. Na área de eGovernment um dos destaques é o Kadhami. um serviço implementado nos Emirates Árabes e que oferece aos cidadãos uma forma simples e fácil de encontrarem serviços e centros de serviços disponíveis, para fins pessoais ou profissionais.
No resto do ano há mais uma ou duas feiras marcadas no calendário da TIMWE, como o Africa Com, mas nenhuma com a dimensão do MWC.

Nota da Redação: Foi feita uma alteração no quarto parágrafo.

Próxima empresa - WeDo Technologies: A proteção de receita e combate à fraude “made in Portugal”

WeDo Technologies: A proteção de receita e combate à fraude “made in Portugal”
Hall 7 Stand G09
A experiência traz eficiência e tranquilidade, e isso nota-se na presença da WeDo Technologies no MWC, que está cada vez mais “afinada” e potencia o investimento feito.
A tecnológica portuguesa começou a expor no MWC ainda em Cannes, em 2002, e soma 15 edições de presença sem falhas. E embora nos últimos anos o investimento se mantenha a experiência continua a crescer.
Com clientes em mais de 90 países, a WeDo é líder na área de revenue assurance, e Rui Paiva, CEO e fundador da empresa, admite que atualmente a área de fraude é uma das mais relevantes, e que está a crescer, assumindo a WeDo a segunda posição a nível mundial.
A feira é um local de contacto e reuniões, já pré-agendadas, mas é também relevante para marcar a posição da empresa, já que os clientes e parceiros esperam encontrar um stand e poder falar pessoalmente com os contactos mais relevantes na organização. E ver “coisas novas”. Mas normalmente não se faz aqui negócio, embora aconteça, como confessa o CEO da WeDo que adiantou ao TeK que em 2015 ainda venderam 500 mil euros em soluções. O que pagou o investimento.

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Sem desvalorizar o MWC, Rui Paiva fez questão de destacar o evento mais importante da WeDO: a conferência anual na qual a empresa traz a Lisboa os clientes e parceiros, e que este ano está marcada para os dias 11 a 13 de Maio. Esse é o principal evento da WeDo, que já começou também e fazer o mesmo modelo, mas mais pequeno, noutras geografias relevantes, como os EUA, México, Brasil, Malásia e Índia.
Este ano a empresa continua a apostar em alargar o âmbito em relação ao enfoque tradicional em Revenue Assurance e Gestão de Fraude, posicionando a WeDo nas áreas de big data e analytics, que estão a crescer. E os sinais de portugalidade continuam pelo stand, com bons vinhos portugueses e iguarias tradicionais que são apreciadas pelos clientes e parceiros, e até houve tempo para uma FlashParty.

Nota da Redação: Foi corrigida a data da conferência marcada para Lisboa.

Próxima empresa - Wit Software: a exportação está no ADN desta tecnológica portuguesa

Wit Software: a exportação está no ADN desta tecnológica portuguesa
Hall 6 C60
Um número faz a diferença: a WIT exporta 90% do software que produz, e isso faz com que seja incontornável estar no MWC. Por isso esta é a 11ª presença consecutiva na feira, criando oportunidades de negócio e afirmando-se como um player no mercado internacional.
A WIT assume-se como uma das empresas mais avançadas em RCS (Rich Communications Suite), a nível mundial, e no último ano consolidou a experiência nesta área, numa altura em que a Google se prepara para confirmar a relevância que esta tecnologia assume no setor das telecomunicações.

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Mas há novidades e entre os produtos em destaque na feira estiveram a voz sobre WiFi, WebRTC, Unified Communications e next-generation TV. Um dos lançamentos foi o da nova geração do VoWiFi, com chamadas de voz suportadas em todos os smartphones e tablets em redes WiFi.
A solução já funcionava em iPhone 6 e alguns Android mas pode agora ser alargada a mais equipamentos, eliminando problemas de cobertura, tirando partido da infraestrutura IMS. O VoWiFi é suportado mesmo em equipamentos sem cartão SIM, como tablets, e PCs, podendo estender os panos de minutos móveis a outros dispositivos e combatendo a crescente invasão do Skype, Viber e WhatsApp no mercado de voz.
Luís Silva, CEO da Wit Software, adianta que a solução já está a ser implementada em vários operadores, que vão lançar os serviços no segundo trimestre deste ano.
E este será certamente também um dos pontos altos da presença da WIT em outras feiras que estão calendarizadas na Europa e na Ásia ainda este ano.

Próxima página - Estratégia e pouco valor acrescentado. Afinal porque se desiste do MWC ?

Estratégia e pouco valor acrescentado. Afinal porque se desiste do MWC ?
Poderia dizer-se que a história não se faz com os ausentes, mas o TeK tentou perceber porque algumas das empresas que estiveram como expositores no ano passado decidiram este ano não investir no MWC, e embora nem todas as entidades contactadas tivessem respondido, há vários tipos de motivos e razões que fazem com que a rota de navegação não tivesse passado por Barcelona em 2016.
A ebankIT é uma das empresas que em 2015 esteve no espaço comum organizado pela ANETIE. E este ano decidiu não passar por Barcelona. Diana Winstanley, Events Manager e Business Developer da empresa, esclarece que “o MWC não oferece à ebankIT as mesmas oportunidades que outros eventos, focados exclusivamente na área FinTech” e apesar de no ano passado ter conseguido algum destaque por ser uma empresa portuguesa, o foco não corresponde às prioridades estratégicas atuais da empresa.
A tecnológica não deixou de investir em feiras e no ano passado fez um “roadshow” por 3 continentes (América, África e Ásia) para mostrar as potencialidades das aplicações que desenvolveu para o setor bancário. E na semana passada a fintech com origem no Porto foi distinguida pela consultora KPMG como uma das 10 "estrelas emergentes" no mercado global. Mas não vai brilhar em Barcelona, pelo menos este ano.
Do lado da Infosys, que também esteve no mesmo espaço em 2015, a regra é “dividir para conquistar”. A empresa optou por estar esta semana no Distree EMEA 2016 no Mónaco, onde acredita ter oportunidades mais adequadas ao seu negócio. Mas não deixa de estar na feira de Barcelona para fazer negócio, só que sem stand. “Dada a especificidade da nossa oferta para este segmento e perfil do nosso cliente alvo no MWC, o facto de termos stand não acrescenta necessariamente valor. Vamos estar presentes como visitantes e reunir com os clientes e potenciais clientes através de marcação prévia em espaços comuns ou nos seus stands. Perdem-se algumas oportunidades é certo, mas o trabalho é também mais focalizado num objectivo claro”, esclarece João Roseiro, diretor comercial.
Para este ano está prevista a presença na CeBIT, que será usada como plataforma de reuniões, aproveitando a oportunidade de num só local estarem os vários parceiros de negócios de várias regiões do mundo. E em março o calendário está marcado para o Portugal Educ@.
A ANETIE, que organizou o espaço conjunto onde a ebankIT e a Insys estiveram a expor, através da plataforma Login>pt, considera que o ano passado o investimento foi bem sucedido, mas reconhece a falta de interesse dos associados. “A decisão de agora foi de facto estratégica por via de aferição das necessidades expressas pelos associados ANETIE e restante sector, uma actuação distinta do programa anterior”, adianta Rafael Rocha.
Para 2016 a ANETIE desenhou missões e iniciativas de internacionalização centradas maioritariamente no mercado da América Latina (Chile, Cuba, Peru, Equador). Destinos como Moçambique, EUA e Alemanha (CeBIT 2016) são ainda assegurados.
A associação já tem confirmação da visita à CeBIT 2016 com uma comitiva de empresários nacionais.
Parte das razões invocadas pelas empresas referidas são comuns à argumentação da Streambolico para não estar como expositora no MWC. Vitor Teixeira, Business Developer, explica ao TeK que a empresa de soluções otimização de comunicação em redes móveis optou por um modelo de visitante apesar de ter anunciado na semana passada uma nova solução baseada na sua tecnologia proprietária C4S para acelerar a transmissão de dados para a Cloud.
“Este ano assim como o ano passado temos apostado em exibir em feiras mais direcionadas nos mercados verticais em que operamos nomeadamente em desporto”, refere.
Relativamente a outras feiras a Streambolico está a definir a estratégia face ao lançamento de um novo produto que permite acelerar a transferência de dados entre dispositivos móveis e sistemas cloud, pelo que o calendário não está fechado.

 

Fica encerrado por aqui o roteiro das empresas portuguesas no MWC16, mas se passou por lá pode também partilhar as suas impressões na caixa de comentários abaixo.

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Fátima Caçador