Passavam poucos minutos da meia noite do dia 27 de setembro quando, pela primeira vez na história, uma sonda chocou de propósito contra um asteroide, a quase 21.000 km/h, explodindo 1.000 toneladas de rocha. A missão DART, idealizada pela NASA, resultou na colisão bem-sucedida com Dimorphos, iniciando aquilo que se pretende que seja uma nova era de defesa planetária.

A estratégia vai contar no futuro também com a ajuda da ESA e com tecnologia portuguesa para validar o efeito real desta experiência de defesa planetária que pode ser crucial no futuro desvio de asteroides considerados uma ameaça para a Terra.

O momento pôde ser acompanhado em direto, com imagens registadas pela câmara da sonda mostradas, quase em tempo real, à medida que esta se aproximava do asteroide para a colisão. Além da câmara da sonda, houve outras objetivas apontadas ao teste de defesa planetária para registarem o momento, nomeadamente as do Hubble.

De acordo com a NASA, o popular telescópio espacial captou uma série de fotos que foram agora transformadas num vídeo time-lapse, onde são mostrados pormenores surpreendentes do impacto.

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Iniciado 1,3 horas antes da colisão, o vídeo oferece novas pistas inestimáveis sobre a forma como os destroços se espalharam num padrão complexo nos dias seguintes ao impacto. Tal ocorreu num volume de espaço muito maior do que poderia ser registado pelo LICIACube, que passou pelo asteroide binário minutos após o impacto da DART.

Veja o vídeo 

Cerca de 17 horas após o impacto, o padrão de detritos entrou numa segunda fase. A interação dinâmica dentro do sistema binário começou a distorcer a forma de cone do padrão ejetado. As estruturas mais proeminentes rodam, formando figuras cata-vento. O cata-vento está ligado à atração gravitacional do asteroide companheiro, Didymos.

O Hubble capta em seguida os destroços a serem novamente arrastados para uma cauda semelhante a um cometa, pela pressão da luz solar nas minúsculas partículas de poeira. Tal estende-se num “comboio” de detritos, onde as partículas mais leves viajam mais rápido e a maior distância do asteroide. O mistério adensa-se mais tarde, quando o Hubble capta a cauda a dividir-se em duas por uns dias.

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