Depois de uma entrega “sem espinhas” e de uma expansão de sucesso - embora à segunda tentativa -, tudo tem corrido pelo melhor com o Bigelow Expandable Activity Module, ou BEAM. É a NASA quem o diz ao divulgar aqueles que são os primeiros dados partilhados, desde que esta espécie de tenda acoplada à Estação Espacial Internacional foi insuflada, há cerca de seis meses.

A estrutura é feita num tecido macio e dobrável, que foi capaz de expandir o seu tamanho compactado de 1,7x2,3 metros para os 3,6x3,2 metros, mas a intenção é que outros módulos insufláveis, de maiores dimensões, possam juntar-se a ele.

O módulo foi enviado a bordo do Dragon da SpaceX, a 8 de abril, e vai ficar ligado à EEI como se de uma pequena “sala de estar” durante os próximos dois anos. Neste período servirá para fazer vários testes de desempenho e comparação com as tradicionais estruturas de metal, para ver como suporta as variações de temperatura e o ambiente de alta radiação do espaço.

Se a tecnologia funcionar, a Bigelow, sua criadora, espera um dia construir sua própria estação espacial privada, que poderia ser um destino de investigação para clientes privados ou um hotel espacial para. Do lado da NASA, o interesse está relacionado com as futuras missões a Marte, e as respetivas viagens de três anos.

As primeiras informações recolhidas indicam que não foram encontrados quaisquer sinais de que o impacto de grandes detritos possam afetar a capacidade de o módulo poder proteger os seus habitantes. Da mesma forma, os investigadores do Johnson Space Center da NASA indicam igualmente que também não detetaram níveis de radiação acima do normal dentro do habitáculo, garantindo que o mesmo exibe níveis idênticos aos encontrados no resto da estação espacial.