(atualizada) Passavam cerca de 40 minutos do meio-dia quando o gráfico de atividade da Rosetta, mostrado nos ecrãs da central de comando da ESA parou. Era o derradeiro sinal de que a sonda espacial tinha chegado ao seu destino final, o cometa 67P, e adormecido para sempre. A Reuters registou o momento.
A missão histórica para a ESA, em particular, e para a restante comunidade científica, no geral, tinha começado em março de 2004. Lançada pela ESA, a Rosetta foi criada para estudar o cometa 67P, também conhecido como Churyumov-Gerasimenko, que só alcançou uma década depois de ter deixado a Terra.
Durante mais de 12 anos de missão foi registando imagens de aproximação e outras extremamente detalhadas da superfície deste corpo celeste viajante, permitindo aos cientistas estudarem os sedimentos da crosta rochosa do cometa, até ao mais ínfimo grão de pó. Para isso contribuiu a pequena Philae, a “mini-sonda” que transportava da Terra, que lançou em direção ao 67P, em novembro de 2014.
Entretanto, o cometa começou a afastar-se do Sol e, logo, a Rosetta que o perseguia, que, na sua sombra, começou a perder a capacidade de armazenar energia para funcionar. O final já estava previsto: chegou o momento de seguir o mesmo destino do seu módulo Philae, rumo ao cometa "conquistado" há dois anos.
Foram 12 anos de Rosetta que, apesar do "beijo de despedida" desta sexta-feira, ainda tem informação recolhida por divulgar.
Fique com as últimas imagens do 67P registadas pela Rosetta enquanto se aproximava do momento da "acometagem".
Nota de redação: O artigo foi atualizado com as últimas fotos do 67P.
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