Os esforços apostados na construção de novos motores híbridos que vão fazer frente ao consumo elevado de petróleo começam a demonstrar resultados cada vez mais inovadores. Desta vez, o objetivo não foi equipar um carro mas sim um avião, que descolou pela primeira vez no Reino Unido com um motor alimentado por energia elétrica e combustível.



Uma equipa de investigadores da Universidade de Cambridge levou a cabo uma parceria com a Boeing para produzir aquele que é classificado como o primeiro avião híbrido da História. Segundo dados da Grupo de Ação do Transporte Aéreo (ATAG na sigla em inglês), os aviões enviaram, em 2013, cerca de 705 milhões de toneladas de emissões de CO2 para a atmosfera.



Contudo, este novo veículo com capacidade para apenas uma pessoa e um peso de 140 kg, promete reduzir o consumo de combustível em 30% graças à implementação de uma vertente elétrica no motor de quatro tempos com a potência de 10 kW.





O veículo foi recentemente submetido a vários testes no Aeródromo de Sywell, no Reino Unido, incluindo um voo a 1.500 metros de altitude, e recebeu nota positiva em todos eles. No seu interior encontra-se também um alternador capaz de carregar as 16 baterias de lítio que se encontram nas asas, algo que era até então o maior problema.



“O principal entrave no desenvolvimento de aviões totalmente elétricos até agora era a sua capacidade das baterias”, comentou o líder do projeto, Paul Robertson. “Mas com o avanço das baterias de lítio, semelhantes às encontradas em computadores, um avião híbrido começa agora a ser uma ideia viável”, acrescentou.



Apesar de esta ser uma opção mais económica e de receber a aprovação da mãe-natureza, é provável que os motores híbridos não rumem aos aviões comerciais num futuro próximo, já que esta tecnologia fica para já restringida a veículos com menos de 450 kg. Caso isso acontecesse, o avião não ficaria no ar durante mais do que 10 minutos.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico