Way-C é o nome do primeiro tablet desenvolvido em África, que esta semana começou a ser vendido no Congo, onde se encontra sedeada a empresa responsável pela criação do produto, a VMK. Tem, porém, planeada a comercialização também em alguns países europeus.

Verone Mankou, CEO da companhia e autor do projeto, explicou à Agência France Press que, o equipamento começou esta segunda-feira a ser comercializado na capital, Brazaville, e nas principais cidades do país, por cerca de 229 euros, como uma alternativa ao iPad e outros concorrentes.

"Em termos de tecnologia, este tablet é equivalente a todos esses que podem ser encontrados no mercado", afirmou o empresário de 26 anos, que também trabalha como conselheiro para a área das tecnologias de informação para o Governo.

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O dispositivo em causa apresenta um ecrã de 7 polegadas e mede 19x17x1,2 centímetros. O peso não vai além dos 380 gramas.
Equipado com sistema operativo Android 2.3 (Gingerbread), conta com um processador de 1,2GHz, auxiliado por uma memória RAM de 512 MB e traz 4 GB de espaço para guardar ficheiros.

A versão agora no mercado vem equipada apenas com ligação Wi-Fi, mas o responsável adiantou estar em negociações com a operadora Airtel para dotar o tablet de conectividade 3G.

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Apesar de desenvolvido no Congo, onde tinha sido apresentado ao público em setembro, o Way-C é produzido na China, "pelo simples facto de que no Congo não há fábricas e por questões de preço", disse Verone Mankou à AFP.

Os cerca de 229 euros a que será comercializado são considerados um preço "aceitável e relativamente baixo, tendo em conta a tecnologia usada", acrescentou o responsável, que pretende exportar o produto para 10 mercados em África e para países como a Bélgica, França e Índia, a partir de meados de fevereiro.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes