Depois de ter falhado o lançamento de segunda-feira, a SpaceX voltou hoje a tentar que o Booster 7, um protótipo do Super Heavy voltasse a “arrancar” com um protótipo da nave Starship a partir de Boca Chica, as instalações da empresa de Elon Musk para o espaço.
O foguetão mais poderoso de sempre da SpaceX conseguiu levantar voo, apesar de um pequeno solavanco que fez atrasar a contagem decrescente durante uns segundos. No entanto, nem tudo correu como esperado. Como explica a empresa, a Starship acabou por se "desmanchar" inesperadamente, explodindo antes da separação dos estágios.
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A empresa afirma que as suas equipas vão continuar a rever os dados recolhidos e a preparar o próximo teste de voo. "Com um teste como este, o sucesso vem daquilo que conseguimos aprender", realça a SpaceX. "O teste de hoje vai ajudar-nos a melhorar a fiabilidade da Starship". De acordo com Elon Musk, o próximo teste ocorrerá nos meses que se seguem.
Estva previsto que o voo não tripulado de teste durasse cerca de uma hora e meia, terminando no Oceano Pacífico, em algum ponto próximo à costa do Havai. Seria considerado um voo orbital porque ultrapassaria a Linha de Kármán, o limite de 100 km acima do nível do mar, que define o limite entre a atmosfera terrestre e o espaço exterior, ou seja, a fronteira espacial.
Não estava planeada uma tentativa de recuperação nem do foguetão nem da nave, embora a estratégia a longo prazo passe, efetivamente, pelo reabastecimento e relançamento dos dois estágios.
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O Super Heavy foi projetado pela SpaceX para ter quase o dobro da propulsão de qualquer outro dispositivo do género já construído. Pretende lançar naves Starship para rumarem primeiro à Lua e depois a Marte e mais além.
Na sua configuração conjunta, os dois veículos alcançam os 120 metros de altura, com o foguetão a ter quase o dobro da propulsão de qualquer outro dispositivo do género já construído. A nave é apontada como a mais poderosa até à data porque, segundo a empresa, pode transportar até 150 toneladas, no caso de vir a ser reutilizada, e até 250 toneladas, se puder ser descartada após uma missão.
A concretizar-se, esta será a primeira vez que a nave fará um voo com a sua configuração completa. Em fevereiro último a SpaceX realizou o último teste no solo, que apesar de não ter sido 100% bem-sucedido, foi o suficiente antes de ligar os motores para o voo orbital experimental de hoje.
O objetivo era disparar 33 motores num lançamento estático, o que só acabou por acontecer com 31 motores. Até à altura, a SpaceX nunca tinha ligado mais que 14 dos 33 motores Raptor que compõem o Super Heavy. O super foguetão foi amarrado ao solo para evitar que realmente descolasse.
No mês anterior, a empresa realizou um teste importante ao juntar a Starship com o booster Super Heavy, em antecipação ao primeiro voo orbital da nave espacial. Foi realizado um teste de fogo estático dos propulsores, tendo como objetivo depois acoplar a Starship. Neste teste, a empresa tratou de encher os tanques com combustível e treinar o conjunto de procedimentos que antecedem um lançamento. Foi a primeira vez que a nave e o booster estiveram totalmente atestados de combustível.
O teste orbital é crucial para que a SpaceX leve os seus planos de exploração espacial para a próxima fase, neste caso o suporte à missão Artemis da NASA. No cronograma, a Starship vai participar na missão Artemis III, prevista para 2025, que marcará o regresso de humanos à Lua e outra missão tripulada prevista para 2027, como parte da Artemis IV.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação (Última atualização: 15h26)
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