Em abril do ano passado a SpaceX foi selecionada pela NASA para fazer parte do programa Artemis, desenvolvendo de uma nave espacial Starship que ajudará os astronautas da missão Artemis III a aterrar na Lua no final de 2025. Agora a agência espacial norte-americana anuncia que a empresa de Elon Musk vai também realizar uma segunda missão lunar tripulada, desta vez em 2027, como parte da Artemis IV.
De acordo com a NASA, o contrato original com a SpaceX foi modificado de modo a dar à empresa mais tempo para continuar a desenvolver a sua tecnologia e assegurar que cumpre todos os requerimentos necessários para a missão Artemis III.
Entre estes requerimentos destaca-se, por exemplo, garantir que a nave, com espaço para uma tripulação composta por quatro membros, será capaz de acoplar à Gateway, a estação espacial a instalar na órbita lunar que servirá de apoio a futuras missões.
“Fazer com que astronautas regressem à Lua para aprenderem, viverem e trabalharem é algo ambicioso”, afirma Bill Nelson, administrador da NASA. O responsável enfatiza que através das suas parcerias, que se espera que deem origem a múltiplos veículos espaciais, a NASA estará mais bem posicionada para cumprir missões futuras, não só na Lua, mas também em Marte.
Como realça Lisa Watson-Morgan, manager do programa Human Landing System da NASA, o trabalho a ser desenvolvido pela SpaceX será uma peça-chave para ajudar na criação de um serviço sustentável de landers lunares, abrindo a porta a missões recorrentes à Lua.
Além da SpaceX, a agência espacial está à procura de novos parceiros para o seu programa de regresso à Lua, num processo aberto a empresas norte-americanas que sejam capazes de demonstrar as suas capacidades de desenvolvimento de veículos espaciais, para missões tripuladas, ou não, na órbita lunar ou na superfície do satélite natural da Terra.
Ainda hoje, a NASA lançou para o Espaço a Artemis I, depois de sucessivos adiamentos. Esta é a primeira vez que o foguetão SLS (Space Launch System) e a cápsula Orion voam juntos, com a agência espacial a assinalar um novo capítulo para a exploração da Lua por humanos.
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Recorde-se que a Artemis I é uma missão não tripulada e tem como objetivo testar os sistemas tecnológicos do programa Artemis. Em vez de astronautas, a cápsula Orion transporta três manequins de teste, além de um kit oficial de voo e dez pequenos satélites científicos.
A viagem até à Lua dura cerca de quatro dias e a Orion vai estar a cerca de meio milhão de quilómetros da Terra. Ao todo, missão Artemis I tem uma duração total de 42 dias, 3 horas e 20 minutos. Nesse período, cápsula Orion vai orbitar a Lua a cerca de 100 quilómetros acima da superfície e depois usará a força gravitacional do satélite natural para fazer uma nova órbita, mais profunda, a cerca de 70 mil quilómetros.
Depois da missão Artemis I, a NASA espera em 2024 levar astronautas para a órbita da Lua na missão Artemis II em 2024 e para a sua superfície na Artemis III, no final de 2025, com a primeira mulher e a primeira pessoa de cor a pisarem o satélite natural da Terra.
Uma vez cumpridas estas três fases iniciais a agência pretende avançar com missões adicionais, começando com a Artemis IV, em 2027, que incluem o desenvolvimento da estação espacial Gateway.
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