A Ubisoft fez a vontade aos fãs e lançou uma nova aventura de Prince of Persia, em ano em que a série comemora 35 anos. O jogo original foi lançado no Apple II em 1989, uma produção de Jordan Mechner. E tratou-se de uma aventura de plataformas, com uma perspetiva 2D lateral. O jogador assumia um herói que tinha de salvar a princesa das mãos de Grand Vizier Jaffar e tinha apenas uma hora para explorar todas as masmorras e ultrapassar as armadilhas. Caso contrário, teria de recomeçar tudo de novo.

Os primeiros dois jogos tiveram um grande sucesso na altura do seu lançamento, mas um terceiro, entretanto abraçada a perspetiva 3D foi criticado pelos fãs e crítica, vendendo muito menos. Mas o futuro foi risonho para a série quando a Ubisoft adquiriu o seu estúdio e relançou a série. Entregue aos melhores estúdios da editora, a Ubisoft Montreal, o mundo iria conhecer o novo universo Sands of Time. Seguiram-se vários títulos desta subsérie e ainda uma tentativa de reboot pelo meio.

O certo é que há quase 14 anos que os fãs não tinham acesso a uma nova aventura. O último foi Prince of Persia: The Forgotten Sands lançado em 2010 para acompanhar a adaptação ao cinema, protagonizado por Jake Gyllenhaal. A criação de Assassin’s Creed, que nasceu de uma primeira tentativa de criar um Prince of Persia em mundo aberto, acabou por ditar o adormecimento do universo.

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Prince of Persia: The Lost Crown regressa às suas origens, em termos de perspetiva 2D, mas este é um jogo bem mais sofisticado, dentro do género metroidvania. Este género, popularizado por títulos da série Metroid e Castlevania (daí a junção dos nomes), coloca o jogador a explorar um gigantesco mapa labiríntico, mas com caminhos inacessíveis até que a personagem adquira as respetivas habilidades.

Um dos pontos curiosos nesta nova produção é o facto de ter sido criado pelo estúdio da Ubisoft Montpellier, que produziu Rayman Origins e Legends, considerados alguns dos jogos de plataformas mais divertidos de sempre. Mas neste novo Prince of Persia, o foco é mesmo a exploração dos diversos ambientes, a resolução dos puzzles e armadilhas, além dos desafiantes combates contra inimigos e bosses. O estúdio promete um misto entre o desafio e recompensa, não bloqueando muito o jogador no progresso da história, mas ao mesmo tempo desafiar os mais corajosos a explorar cada recanto deste reino algures na Pérsia.

Esperam-se assim inimigos poderosos, repletos de truques e magias para fazer frente a Sargon, o novo protagonista da série. Esta personagem é bastante acrobática, estando equipado com duas espadas e um arco e flechas. O objetivo, claro, é salvar o príncipe da Pérsia Ghassan, que foi raptado por alguém ligado ao seu próprio exército de segurança, os Immortals, do qual também Sargon faz parte.

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Ao longo da sua jornada, o protagonista vai aprender novas habilidades, tais como deslizar brevemente pelo ar, executar duplos saltos, puxar inimigos para outra dimensão ou usar um chicote místico. Tudo para alcançar novas plataformas, anteriormente inacessíveis, ou ter a capacidade de resolver puzzles que impedem o avanço. O jogo oferece sempre múltiplos caminhos para explorar, com muitos mistérios para resolver. O protagonista tem ainda um colar e pode ir equipando talismãs que lhe dão mais força ou energia, entre outras habilidades que o tornam mais poderoso.

Os encontros com os gigantescos bosses são alguns dos momentos que prometem desafiar o jogador. Estes apresentam diferentes movimentos, transformando-se ao longo do combate, obrigando o jogador a manter-se atento e desviar-se ou bloquear os ataques, para de seguida contra-atacar.

Não sendo uma nova aventura direta do universo Sands of Time, cujo primeiro jogo está a receber tratamento de remake há alguns anos, The Lost Crown tem tudo para agradar os fãs do desafio do género metroidvania. O jogo já está disponível para o PC e todas as consolas do mercado.