“Esta orelha não é para mim, tenho duas boas orelhas para ouvir. Esta orelha é um dispositivo de audição remota para pessoas que estão noutros sítios”. Foi assim que Stelarc, professor cipriota atualmente a viver na Austrália, apresentou o seu projeto à televisão ABC News.

O conceito está a ser desenvolvido há quase uma década, tendo os médicos colocado um polímero biológico no seu braço em forma de orelha. Nos meses seguintes a orelha artificial começou a ganhar tecido biológico e vasos sanguíneos.

Stelarc pretende agora criar um lóbulo na orelha artificial, mas a partir das suas próprias células. O passo seguinte será a inclusão de um microfone e de um sistema que permitirá a ligação à Internet.
 

O objetivo é que pessoas de todo o mundo possam ouvir o que “ouve” esta orelha biónica. Stelarc, que também é um artista, quer por exemplo que pessoas de Nova Iorque possam ouvir os mesmos concertos que ele está a assistir. Será uma transmissão constante e global.

Uma outra possibilidade que está a ser analisada é a inclusão de um GPS, para que internautas de todo o mundo possam saber onde está o professor cipriota e as suas três orelhas.