Para comprovar que é possível aliar o sentimentalismo da arte à tecnologia, Björk decidiu fazer o relançamento do seu álbum Vulnicura, de 2015, como uma experiência em realidade virtual. Composta pelos cenários visuais que fizeram parte da exposição Björk Digital, dela fazem parte sete videoclipes diferentes que levam o espetador numa viagem emocional, explorando temáticas como a perda, a dor e a transformação.
Embora tenha sido anunciado a 6 de setembro deste ano, a ideia por trás do primeiro álbum pop VR surgiu em 2015, quando a artista lançou o vídeo 360 do single Stonemilker. Realizado por Andy Thomas Huang, o vídeo tem como pano de fundo a praia onde Björk escreveu a peça, sendo possível observar a artista a dançar em redor do espetador, antes de se multiplicar em várias versões de si mesma.
Graças à popularidade de dispositivos como o Google Cardboard, o projeto começou a ganhar a adesão dos fãs, isto numa época em que a tecnologia VR ainda estava em fase de desenvolvimento inicial, não sendo acessível à maioria dos consumidores. Após ter observado uma resposta positiva por parte do público, a artista islandesa começou a aceitar propostas para a criação de mais vídeos VR para as canções de Vulnicura.
Quatro anos e um álbum depois, a experiência em realidade virtual chegou ao público e, tal como indica Björk ao website Ars Technica, a sua produção foi um “bicho de sete cabeças” do ponto de vista tecnológico. Os vídeos que compõem o álbum foram criados por sete equipas diferentes, apresentando uma variação a nível estético que vai desde produções mais simples em vídeo 360 a mundos completamente gerados em gráficos 3D.
Além dos videoclipes que compõem a entrada no mundo de Vulnicura, o álbum é também acompanhado por visuais dinâmicos em 360 graus criados por Stephen Malinowski, autor da Music Machine Animation, que se alteram dependendo da direção do utilizador.
Para os fãs mais acérrimos da artista, ou então para os mais curiosos em relação à mistura entre expressão artística e tecnologia, o álbum Vulnicura VR está disponível para Windows através da plataforma Steam por cerca de 28 euros, sendo compatível com headsets de realidade virtual à semelhança do HTC Vive, do Oculus Rift, ou do Valve Index.
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