Foi em 2015 que o robot em forma de salamandra foi mostrado ao mundo pela primeira vez, mas é agora que a École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), na Suíça, mostra a evolução desta sua criação na área da robótica.

O Pleurobot é um dispositivo “biorobótico” que anda e nada imitando os movimentos de uma salamandra, tendo sido construído e pensado com inspiração numa espécie que habita na Península Ibérica, a Pleurodeles. O site The Verge refere que se trata, na verdade, de um tritão, um anfíbio que pertence à família das salamandras.

A equipa responsável pelo projeto, liderada por Auke Ijspeert, analisou 64 pontos do esqueleto do animal e acabou por criar uma estrutura biónica que simplifica o corpo da salamandra, com a ajuda de elementos produzidos com impressoras 3D.

De acordo com este especialista, os resultados mostram na perfeição a forma como a coluna vertebral do anfíbio influencia os vários movimentos efetuados, seja estes feitos a andar, rastejar ou nadar. E o método aplicado na criação do robot baseia-se numa ligação que conduz eletricidade aos vários pontos da estrutura.

“Criámos o Pleurobot ao estabelecermos um equilíbrio entre o design de uma estrutura física simplificada e a réplica da forma como uma salamandra se desloca”, diz Auke Ijspeert no blog da EPFL. O investigador assegura ainda que este projeto pode ser fundamental no desenvolvimento de tratamentos de pacientes paraplégicos e casos de amputação.