Estava previsto que o Booster 7, um protótipo do Super Heavy, "arrancasse" com um protótipo da nave Starship a partir de Boca Chica, as instalações da SpaceX no estado norte-americano do Texas, por volta das 14h20 em Portugal Continental, para completar quase uma volta em redor do globo, mas o lançamento foi cancelado no último momento.

Pronunciando-se quase imediatamente, Elon Musk indicou a partir da sua conta no Twitter que haverá nova tentativa de lançamento nos próximos dias.

Está previsto que o voo não tripulado de teste dure cerca de uma hora e meia, terminando no Oceano Pacífico, em algum ponto próximo à costa do Havai. É considerado um voo orbital porque ultrapassa a Linha de Kármán, o limite de 100 km acima do nível do mar, que define o limite entre a atmosfera terrestre e o espaço exterior, ou seja, a fronteira espacial.

Desta vez não vai existir a tentativa de recuperação nem do foguetão nem da nave, embora a estratégia a longo prazo passe, efetivamente, pelo reabastecimento e relançamento dos dois estágios.

Na sua configuração conjunta, os dois veículos alcançam os 120 metros de altura , com o foguetão a ter quase o dobro da propulsão de qualquer outro dispositivo do género já construído. A nave é apontada como a mais poderosa até à data porque, segundo a empresa, pode transportar até 150 toneladas, no caso de vir a ser reutilizada, e até 250 toneladas, se puder ser descartada após uma missão.

Esta é a primeira vez que a nave fará um voo com a sua configuração completa. Em fevereiro último a SpaceX realizou o último teste no solo, que apesar de não ter sido 100% bem sucedido, foi o suficiente antes de ligar os motores para o voo orbital experimental de hoje.

objetivo era disparar 33 motores num lançamento estático, o que só acabou por acontecer com 31 motores. Até à altura, a SpaceX nunca tinha ligado mais que 14 dos 33 motores Raptor que compõem o Super Heavy. O super foguetão foi amarrado ao solo para evitar que realmente descolasse.

No mês anterior, a empresa realizou um teste importante ao juntar a Starship com o booster Super Heavy, em antecipação ao primeiro voo orbital da nave espacial. Foi realizado um teste de fogo estático dos propulsores, tendo como objetivo depois acoplar a StarshipNeste teste, a empresa tratou de encher os tanques com combustível e treinar o conjunto de procedimentos que antecedem um lançamento. Foi a primeira vez que a nave e o booster estiveram totalmente atestados de combustível.

O teste orbital é crucial para que a SpaceX leve os seus planos de exploração espacial para a próxima fase, neste caso o suporte à missão Artemis da NASA. No cronograma, a Starship vai participar na missão Artemis III, prevista para 2025, que marcará o regresso de humanos à Lua e outra missão tripulada prevista para 2027como parte da Artemis IV.