Os últimos anos da SpaceX têm sido feitos de sucessos e as falhas não têm tido lugar naquela casa. Por isso é que a explosão do rocket espacial Falcon 9 CRS-7 acabou por ter um grande impacto a nível mediático.

Na altura do acidente, no final de junho, era impossível averiguar de imediato quais as causas prováveis do incidente. Existia um grande número de dados que precisavam de ser analisados. Agora o diretor executivo da SpaceX, Elon Musk, parece já ter um primeiro palpite.

As peritagens realizadas pela tecnológica até ao momento mostram que a explosão foi provocada por uma falha no sistema que regulava a pressão do depósito de hélio. Enquanto a estrutura está pensada para suportar até 4.500 quilogramas, cedeu pouco depois de a pressão ter ultrapassado os 900 quilogramas.

O sistema falhou em manter a pressão sobre o depósito de hélio e quando quebrou, acabou por criar condições para que se desse uma explosão.

O Falcon 9 CRS-7 estava a caminho da Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês) e perdeu quase duas toneladas de mantimentos, vários projetos de investigação e até os HoloLens da Microsoft.

A SpaceX não atribui a responsabilidade da falha a nenhuma empresa em específico, garantindo apenas que terá agora os seus próprios processos de certificação e que o sistema que falhou será revisto, incluindo nos materiais de construção.

As expectativas para o próximo voo da SpaceX aumentam - também por causa dos testes de foguetões recuperáveis que estavam a ser feitos -, mas Elon Musk garante que até que todos os dados deste incidente estejam reunidos e analisados, não será revelada uma data para novas missões da tecnológica.