Informativo, interativo e imersivo. É assim que pode ser descrito o museu que existe na cidade brasileira de Santos e que tem como temática um dos maiores ídolos do futebol: Pelé. E se houve empresa que contribuiu de forma decisiva para a diferenciação da infraestrutura em nome da lenda foi a portuguesa GEMA.



Toda a parte tecnológica do complexo, desde o software até ao audiovisual, foi desenvolvida ao longo de seis meses pela empresa nacional. A implementação do projeto levou mais três meses, mas o resultado final é um museu com várias componentes interativas.



Os utilizadores podem ficar a conhecer melhor a história do craque brasileiro em ecrãs multitouch, podem tirar fotografias de realidade aumentada com o jogador e podem participar num guestbook digital que reúne alguns dos melhores tweets dos visitantes.



Mas o toque de Midas da empresa portuguesa acontece quando o virtual é misturado com o real, isto é, quando a tecnologia é apenas uma parte da interação e da dinâmica na visita. Os utilizadores podem assumir a posição de Pelé na marcação de um penálti e realmente chutar uma bola; os visitantes podem também correr numa pista e ficar a saber se são mais lentos ou rápidos que o astro brasileiro.



Uma outra experiência é a de passar por momentos marcantes do ponto de vista dos jogadores de futebol. Numa sala de experiência imersiva, com projeção a 270º, os utilizadores começam dentro do balneário da seleção brasileira e só param dentro do campo de futebol.





O partner da GEMA, Luís Agrellos, falou com o TeK sobre o projeto e revelou que a oportunidade surgiu porque a empresa já tinha presença no mercado brasileiro, onde tem participado noutras iniciativas.



Em parceria com a entidade responsável pela gestão do museu, a tecnológica foi analisando e trabalhando os conteúdos digitais e interativos que seriam aplicados no complexo cultural. “Queremos dar uma referência do atleta e que as pessoas fiquem a conhecer melhor o Pelé”, explicou Luís Agrellos.



O porta-voz da GEMA acredita que apesar de estarem envolvidos em vários projetos e com alguns nomes de peso – como a FIFA, Pepsi e ESO – o projeto do museu do Pelé é uma excelente oportunidade para que novas portas se abram, sobretudo no mercado norte-americano.



“Cada projeto ajuda a catapultar, tanto ao nível de projeção como na categoria dos mesmos”, referiu Luís Agrellos que deu como exemplos o Museu dos Descobrimentos no Porto e o Museu do Chocolate em Viana do Castelo.



A empresa portuguesa está agora a entrar no Reino Unido onde vai explorar as duas grandes áreas onde faz negócio – desenvolvimento de soluções para museus e criação de campanhas de marketing interativas e digitais. O mercado internacional já representa 65% da faturação da empresa.



Sobre projetos futuros em que a GEMA vai participar Luís Agrello não falou de nenhum em específico, mas adiantou que a empresa tem tido bastante trabalho tanto na parte dos museus como na parte do marketing.

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico