Em ano de pandemia, o sector da tecnologia não parou de fazer e gerar negócios. Os valores mostram que 2020 foi um ano acelerado, no número e no volume de negócios, um pouco por todo o mundo.

A CB Insights reuniu um conjunto de dados, apurados ao longo do ano passado em diferentes análises, que permitem quantificar o dinamismo do sector em diferentes pontos. 

Mostram, por exemplo, que as rondas de investimento em empresas de TI bateram recordes em 2020. Não em número, mas em volume. Ou seja, o número de rondas de investimento acima dos 100 milhões de dólares, financiadas por capital de risco, cresceu 27% face ao ano anterior, para um total de 461 operações. Um dos exemplos foi a ronda de financiamento da Epic Games, que levantou 1,5 mil milhões de dólares no ano passado.

O número de empresas a dispersar capital em bolsa também aumentou em 2020 na tecnologia, sobretudo na segunda metade do ano e depois de um 2019 fraco neste tipo de operações. Foram 360 as tecnológicas que decidiram arriscar a sorte e cotar-se em bolsa em 2020, mais 33% que um ano antes. 

As fusões e aquisições estiveram igualmente ao rubro, com destaque para os sectores da computação (em particular da cloud, destaca a CB Insights), telemedicina e dos jogos. Os maiores negócios do ano foram a compra da ARM pela Nvidia, que valeu 40 mil milhões de dólares e a compra da Sprint pela T-Mobile, por 26,5 mil milhões de dólares.

Os dados da CB Insights também mostram que o investimento angariado pelas grandes tecnológicas em 2020 superou de longe o investimento realizado no índice das 500 maiores empresas da Standard & Poor. Se Facebook, Amazon, Microsoft, Google e Apple estivessem reunidas num fundo este teria crescido 51,9%, três vezes mais que a taxa de crescimento registada para as S&P 500.