O Laboratório de Automação e Robótica da Universidade do Minho (Guimarães) participa mais uma vez no RoboCup, com dois projetos inovadores.Um deles é o CHARMIE, um robot de serviços domésticos e/ou assistência em saúde.

O CHARMIE tem como objetivo de funcionar em ambientes não padronizados, auxiliando em lares familiares, lares de idosos e instituições de saúde. Com o principal foco em soluções com aprendizagem máquina, aprende e aprimora tarefas através da observação e interações com o ambiente que o rodeia. A sua participação na liga RoboCup@Home serve como referência para eficiência e eficácia nas tarefas do dia a dia.

CHARMIE: entre a Rosie dos Jetsons e um mordomo "afinado", este robot está pronto para o servir
CHARMIE: entre a Rosie dos Jetsons e um mordomo "afinado", este robot está pronto para o servir
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O robot funciona num ambiente doméstico com vários compartimentos, reconhece a habitação, reconhece comandos vocais e responde através de colunas de som, e realiza tarefas. Apresentar-se, receber uma pessoa em casa acompanhá-la e sentá-la num sofá, manter uma conversa, procurar o saco do lixo e levá-lo ao exterior, transportar as malas de uma pessoa, arrumar produtos de supermercado num armário, fazer um pequeno-almoço, arrumar a mesa do almoço, são alguns exemplos, descreve a Universidade do Minho em comunicado.

Veja o CHARMIE em ação:

Outro trabalho do LAR é a equipa de robots móveis autónomos que jogam futebol.

“A complexidade deste projeto é impressionante, e envolve o design, eletrónica, mecânica, programação, comunicação, cooperação entre os cinco robots da equipa, e a logística para participar em competições internacionais”, pode ler-se na nota enviada à imprensa.

Desde a sua criação em 1997, este projeto intensivo em recursos tem envolvido vários estudantes cujo foco principal é na eletrónica, na programação, na cooperação e na estratégia. Os robots jogam futebol de forma autónoma, de acordo com as regras do futebol, comunicam entre si, recebem comandos do árbitro, utilizam visão computacional e executam software em tempo real, mostrando muita precisão para marcar golos.

No vídeo abaixo pode ver alguns "toques" robóticos: 

A equipa do LAR é composta pelos professores A. Fernando Ribeiro e Gil Lopes e por estudantes de doutoramento e mestrado. Com uma abordagem multidisciplinar, combinam conhecimentos de Engenharia Eletrónica, Engenharia Mecânica, Ciência da Computação e comunicação, e introduzem consistentemente soluções de robótica inovadoras.

O LAR é actualmente a única equipa Portuguesa a participar na Liga de Futebol Robótico. Estas equipas conseguiram o apuramento direto logo na primeira fase, sublinha a Unversidade do Minho, “o que demonstra a sua qualidade”, refere no comunicado.

O RoboCup 2023, decorre de 4 a 10 de Julho, em Bordéus, França, e tem cerca de 2.500 participantes provenientes de 45 países, com quase 3.000 robots.