A NASA quer tornar o turismo espacial numa realidade e tem vindo a analisar várias propostas de construção e plataformas e áreas comerciais para futuros viajantes na órbita baixa da Terra, onde circula a Estação Espacial Internacional. Após cerca de oito meses de deliberação, a agência decidiu escolher a Axiom Space, uma startup norte-americana, para construir o primeiro módulo residencial espacial na ISS.

De acordo com a NASA, a Axiom Space vai construir o seu “habitat” espacial para humanos à entrada do Nó 2, um dos módulos de conexão da ISS. O espaço será utilizado para a realização de experiências tecnológicas e habitacionais, sendo que os futuros turistas chegarão através de voos espaciais quer na Crew Dragon da SpaceX ou da Starliner da Boeing. A agência e a empresa vão começar agora a negociar os termos do seu contrato.

Possível design do interior do módulo da Axiom Space na ISS criado por Philippe Starck.
Possível design do interior do módulo da Axiom Space na ISS criado por Philippe Starck. créditos: Axiom Space

“O trabalho da Axiom no desenvolvimento de um destino espacial comercial é algo importante para a NASA”, afirmou Jim Bridenstine, administrador da agência, em comunicado, relembrando que a decisão terá um impacto fulcral no treino dos astronautas, na pesquisa científica e no desenvolvimento tecnológico de missões na órbita baixa da Terra. “Estamos a transformar a forma como a NASA trabalha com a indústria de modo a beneficiar a economia global e fazer avançar a exploração espacial”, indicou o responsável.

NASA analisa propostas de construção de espaços comerciais em órbita baixa terrestre
NASA analisa propostas de construção de espaços comerciais em órbita baixa terrestre
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O desenvolvimento de missões comerciais na órbita baixa da Terra é um dos cinco elementos do plano de abertura da Estação Espacial Internacional a novas oportunidades. Recorde-se que a NASA se viu obrigada a encontrar alternativas de privatização da ISS uma vez que Donald Trump decretou em 2018 o fim do seu financiamento direto até o final de 2024.