O telescópio solar Daniel K. Inouye da norte-americana Fundação Nacional para a Ciência (NSF na sigla em inglês) conseguiu captar as primeiras fotografias em alta definição da superfície do Sol. As imagens mostram em detalhe os padrões turbulentos do plasma, um gás ionizado formado a altas temperaturas, que cobre o Astro-Rei.
Em evidência nas imagens captadas pelo telescópio solar estão estruturas com uma forma que se assemelha a células. De acordo com os investigadores da NSF, as formações representam os movimentos violentos que transportam o calor do interior da Sol para a sua superfície, sendo que cada uma apresenta uma dimensão comparável à do estado do Texas.
Segundo France Córdova, diretora da NSF, a descoberta vai permitir aos cientistas uma melhor observação do astro no centro do nosso sistema planetário, ajudando-os a prever com mais precisão as tempestades solares. A responsável relembra que a atividade solar é capaz de afetar o que se passa no nosso planeta, tendo um impacto, por exemplo, nas comunicações por satélite, nos sistemas de navegação e nas viagens de avião.
O telescópio vai trabalhar em conjunto com a sonda Parker da NASA, a qual está em órbita desde 2018, e o satélite Solar Orbiter da ESA que será lançado para o espaço já no início de fevereiro. A sonda Parker ainda tem muito trabalho pela frente até 2025, mas já reuniu uma quantidade considerável de dados acerca dos anéis de poeira, dos campos magnéticos e dos ventos solares. Algumas das informações recolhidas estiveram na base de quatro estudos científicos publicados na revista Nature.
Mas a sonda da NASA não é a única a explorar os mistérios do Astro-Rei. O satélite PROBA2 da ESA já está há 10 anos numa órbita sincronizada com o Sol à volta da Terra, na linha do “crepúsculo-amanhecer”. Apesar da sua leve dimensão de apenas 13 quilogramas, o PROBA2 tem uma grande responsabilidade: observar os eventos solares que possam influenciar ou afetar o que se passa no nosso planeta.
Ao longo de 2019, câmara SWAP do PROBA2 captou diversas fotografias durante a sua missão de monitorização do Sol. A ESA selecionou uma imagem por cada um dos 365 dias para criar uma montagem que representa um ano completo de atividade da estrela no centro do nosso sistema planetário.
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