Em julho último, imagens recolhidas pelo rover Yutu-2, da missão Chang’e-4, revelaram a existência de uma substância gelatinosa de cor estranha numa pequena cratera situada no lado mais negro da Lua. A Agência Espacial chinesa anunciou o facto descrevendo descoberta como tendo forma, cor e textura diferentes do restante da superfície do satélite natural da Terra.
Este último fim-de-semana divulgou novas imagens, assim como alguns detalhes de como a sua equipa de cientistas conduziu o veículo robótico ao local uma segunda vez, apesar dos riscos associados, noticiou a publicação Space.com, citando a fonte chinesa.
A sonda terá sido capaz de detetar o "gel" inspecionando a cratera com uma ferramenta espectroscópica conhecida como VNIS (Visible and Near-Infrared Spectrometer). A tecnologia é capaz de determinar a composição química de uma substância ao analisar a luz que essa matéria reflete, embora seja impossível determinar com exatidão o que é a substância em causa sem estudos mais completos sobre a sua origem.
Uma das teorias é que se possa tratar de vidro derretido pelo calor de meteoritos que atingiram a superfície lunar, deixando uma cratera no local.
O “achado” foi comparado a uma outra descoberta lunar "misteriosa", feita durante a missão norte-americana Apollo 17, em 1972, que deu conta da existência de solo cor de laranja no satélite natural. A origem é atribuída a uma erupção vulcânica datada de há 3,54 mil milhões de anos.
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