Durante a investigação de células biológicas, sempre que é necessário observar o seu interior, estas acabam por ser destruídas, utilizando um microscópio convencional. Isto porque os investigadores utilizam químicos para destacar certas cores das células para as tornar visíveis. O efeito secundário é que estes químicos são prejudiciais para as células, que não resistem.
A pensar na manutenção das células ao longo da investigação, os cientistas do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (EPFL) desenvolveram uma nova tecnologia capaz de examinar o seu interior sem as danificar. Trata-se de um microscópio 3D, denominado CX-A, capaz de capturar fotos de todos os ângulos, sendo depois conjugados para gerar uma imagem tridimensional, com uma resolução de 200nm.
Os cientistas explicam que as células são iluminadas por um laser rotativo, capaz de produzir uma imagem holográfica de uma forma não invasiva.
Com esta nova técnica, os investigadores poderão estudar células durante todo o seu ciclo de vida. Será também mais fácil os cientistas introduzirem estímulos às células e observar o seu comportamento. Podem ser feitas observações da evolução durante horas, dias ou semanas, já que equipamento pode ser programado para capturar milhares de imagens nos períodos pretendidos.
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