Chama-se formalmente C/2023 P1, mas também é conhecido como Nishimura, em homenagem ao astrónomo amador japonês que o descobriu, e tem feito as “delicias” dos fãs da observação dos céus nos últimos dias.
É considerado um cometa hiperbólico, uma vez que viaja a alta velocidade e carregado de tanta energia que é capaz de se deslocar entre diferentes sistemas solares.
Na madrugada desta terça-feira, o cometa de tom esverdeado deverá fazer a sua maior aproximação à Terra, pouco antes do nascer do Sol, quando estiver a cerca de 125 milhões de quilómetros de distância. A janela horária para a observação é entre as 4 e as 6 da manhã.
Veja algumas das imagens do cometa Nishimura entretanto já registadas
O astrónomo Hideo Nishimura avistou o cometa - o terceiro na sua lista - há precisamente um mês enquanto tirava fotografias de longa exposição antes do nascer do Sol com uma câmara digital “normal”.
Desde então, o cometa aumentou a intensidade do brilho e pode ser visto a olho nu, sabendo que equipamentos como uns binóculos ou um telescópio irão sempre ajudar a ver com mais pormenor o fenómeno. Isto se as condições meteorológicas o permitirem...
Se não conseguir ver o Nishimura antes do nascer do sol desta terça-feira - ou nos próximos dias -, saiba que a próxima “janela de oportunidade” só deverá acontecer daqui a uns 500 anos. Além disso, também pode acontecer que o cometa seja entretanto destruído numa das passagem perto do Sol.
Nishimura deverá terminar a sua volta ao sistema solar no próximo dia 17 de setembro, altura em que vai passar a junto do astro-rei a menos de 27 milhões de quilómetros - distância mais do que suficiente para o queimar, avisam os astrónomos.
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