É chamado um cometa hiperbólico aquele que se desloca a uma velocidade muito rápida e carregada com tanta energia que é capaz de se deslocar entre diferentes sistemas solares. É o caso do cometa Nishimura, nome dado por ter sido descoberto pelo astrónomo amador Hideo Nishimura há alguns dias na constelação Gemini.
Como explica o Space Weather, o cometa hiperbólico está a entrar no nosso sistema solar, localizado a uma magnitude +9, o que o torna para já relativamente escurecido. Mas poderá tornar-se 100 vezes mais brilhante, o que o vai tornar visível a olho nu, previsivelmente a partir de meados de setembro.
O asteroide vai fazer-nos apenas uma visita, uma vez que o sol vai funcionar como uma fisga gravitacional e enviá-lo de volta ao espaço profundo depois da sua passagem. Os especialistas não consideram o Nishimura um cometa interstelar, podendo ter vindo da Nuvem de Oort, situada a quase um ano-luz do Sol.
Por ser a primeira viagem do cometa Nishimura ao interior do sistema solar, este é considerado bastante imprevisível. Mas está previsto que a sua aproximação mais próxima do Sol ocorra no dia 18 de setembro, no interior da órbita de Mercúrio. Não se sabe o que pode acontecer quando a luz intensa do sol tocar na superfície do cometa. Este pode brilhar intensamente, mas também ser um pequeno “fiasco”. Nas previsões mais positivas, baseado em modelos standard, o cometa por alcançar um pico de brilho de terceira magnitude.
Para os entusiastas de astronomia, o cometa Nishimura pode ser visto no céu antes do amanhecer, através de telescópios com lentes superiores a seis polegadas. Está ainda previsto que o cometa se alinhe, no dia 25 de agosto, com as estrelas mais brilhantes de Gemini: Castor e Pollux, tornando-o mais fácil de encontrar.
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