O Conselho Europeu da Inovação (CEI) foi desenvolvido com base num programa-piloto do Horizonte 2020 e combina a investigação sobre tecnologias emergentes com um programa acelerador e um fundo de capitais próprios específico, o Fundo do Conselho Europeu da Inovação que conta com 3 mil milhões de euros para promover a expansão das empresas em fase de arranque e das pequenas e médias empresas inovadoras.
O lançamento do Conselho Europeu da Inovação aconteceu ontem num evento online mas vai haver uma apresentação específica para Portugal, pela Agência Portuguesa de Inovação (ANI), que está marcada para dia 23 de março
"Esta iniciativa do Horizonte Europa representa, para Portugal, uma oportunidade de retenção de negócios deep tech de origem nacional, de atrair talento e mão de obra qualificada e de aumentar a exposição das PME de base tecnológica", sublinha a agência de inovação.
A par do lançamento do CEI, foi apresentado o programa de trabalho com oportunidades de financiamento num valor de mais de 1,5 mil milhões de euros em 2021. Foram ainda abertas as candidaturas para dois prémios: "Mulheres Inovadoras" e "Capital Europeia da Inovação".
Mais de 5 mil PME apoiadas na fase piloto
O lançamento do Conselho Europeu da Inovação é um novo passo da estratégia para apoiar as empresas de pequena e média dimensão, e dá sequência ao que foi feito na fase piloto do programa. Segundo os dados, entre 2018 e 2021 foram apoiadas mais de 5 mil PME e empresas em fase de arranque, assim como 330 projetos de investigação, com um orçamento de 3,5 mil milhões de euros.
"Dispomos agora de um fundo que nos permitirá apoiar as pequenas e médias empresas que trabalham no setor das inovações de ponta, facultar o acesso a fundos próprios e acelerar o desenvolvimento de empresas em fase de arranque inovadoras. É uma forma de converter os resultados da investigação em projetos empresariais concretos e desenvolver ideias novas que contribuam para promover tecnologias e inovações revolucionárias", afirmou Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia.
O CEI vai ter um acelerador para as fases de arranque e spin-outs com um sistema de candidaturas com processo simplificado para que seja possível solicitar um financiamento em qualquer momento.
Uma equipa de gestores de programas do CEI vai ser responsável pela elaboração de novas ideias que contribuam para inovações tecnológicas, tais como a terapia genética e celular, o hidrogénio verde e ferramentas para tratar doenças cerebrais, pela gestão de carteiras de projetos do CEI e por reunir as partes interessadas em concretizar essas novas ideias.
Está ainda previsto um novo mecanismo de financiamento da transição do CEI que contribuirá para transformar os resultados da investigação que resultem do projeto-piloto do CEI e do Conselho Europeu da Investigação, em inovações concretas, como por exemplo spin-outs ou parcerias comerciais.
Há já possibilidade de financiamento para 2021, com o acelerador a disponibilizar fum fundo de mil milhões de euros, sendo 495 milhões reservados para inovações revolucionárias que possam contribuir para a realização do Pacto Ecológico Europeu e para o desenvolvimento de tecnologias digitais e de saúde estratégicas.
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