Numa altura em que o combate às fake news sobre a COVID-19 limitou o acesso a milhões de conteúdos online na UE em setembro, a Google está a trabalhar para garantir que os utilizadores encontrem informação precisa e útil em relação à vacina. A gigante tecnológica está a lançar um novo recurso na pesquisa, que disponibiliza aos internautas informações sobre as vacinas autorizadas em cada localidade. O Reino Unido, onde a vacina já está disponível, é o primeiro país a contar com esta atualização, mas a novidade vai chegar a outras regiões do mundo.
A partir de agora, quem procurar no Reino Unido informação sobre as vacinas contra a COVID-19 vai ter acesso a um conjunto de listas autorizadas na sua região. O novo recurso disponibiliza também dados específicos sobre cada vacina, com a Google a apostar fortemente numa parceria com as autoridades de saúde.
O novo serviço da Google surge depois da empresa ter apostado em março em “painéis” de informação referentes à pandemia no YouTube. Desde então, foram visto 400 mil milhões de vezes.
Nestes casos, os conteúdos são apresentados na página inicial do YouTube, em vídeos e em resultados de pesquisas sobre a pandemia. As atualizações deste recurso vão redirecionar diretamente os utilizadores para informações das autoridades de saúde globais e locais relativas às vacinas.
Olhando para os criadores de conteúdos no YouTube como “uma voz de confiança nas suas comunidades”, a Google também vai apoiá-los. A ideia é fazer com que se reúnam com especialistas em saúde, de forma a criarem conteúdo útil sobre COVID-19 e as vacinas.
Empresa encara jornalistas como aliados no combate à desinformação
A Google News Initiative vai disponibilizar 1,5 milhões de dólares para financiar a criação de um centro de media de vacinas contra a COVID-19 e apoiar novas investigações de verificação de factos. Liderado pelo Australian Science Media Center e com o apoio da Meedan, o hub será um recurso para jornalistas, fornecendo um acesso de 24 horas por dia a dados científicos e atualizações das investigações.
A iniciativa inclui centros de media e especialistas em Saúde Pública da América Latina, África, Europa, América do Norte e região da Ásia, com conteúdo disponível em sete idiomas.
Como a Google está a proteger as plataformas da desinformação
Algumas políticas antigas da empresa proíbem conteúdos sobre saúde prejudiciais e enganosos. Quando a COVID-19 surgiu, a equipa trabalhou para impedir uma variedade de abusos decorrentes da pandemia, mas agora tem lançado outras soluções.
Em outubro, por exemplo, a Google expandiu a política de desinformação médica sobre a COVID-19 no Youtube. O objetivo passou por remover conteúdo sobre vacinas que contradissessem as informações de autoridades de saúde, como a OMS, e a empresa garante que removeu mais de 700.000 vídeos relacionados com informações médicas perigosas ou enganosas sobre a pandemia.
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