A plataforma chama-se Code of Practice on Disinformation e nasceu de uma iniciativa lançada em junho deste ano pela Comissão Europeia, que convidou a indústria a contribuir para o esforço de reduzir a circulação de informação falsa, ou de credibilidade duvidosa, da internet. Mote da iniciativa: a COVID-19, que passou a ser o tópico Nº1 das pesquisas e uma oportunidade para dissimular todo o tipo de esquemas, fraudes ou apenas espalhar ruído e informação contraditória.

Os responsáveis de algumas das plataformas e serviços mais usados na internet em todo o mundo juntaram-se à causa e o resultado deste esforço tem sido divulgado.

No terceiro relatório de acompanhamento da iniciativa, a Microsoft revela que em setembro bloqueou mais de dois milhões de anúncios, que pretendiam explorar comercial e indevidamente a situação do COVID-19 com informação não verdadeira.

A empresa também garante que os 3,5 milhões de utilizadores europeus que pesquisaram informação sobre a COVID-19 no Bing em setembro foram encaminhados para fontes de informação confiáveis.

O Facebook e o Instagram, neste mesmo período, alargaram a rede de fact-checking, que passou a incluir 37 parceiros europeus em 26 línguas. Com base no trabalho destes parceiros exibiu um ecrã de alerta para conteúdo de origem duvidosa aos utilizadores da região 4,4 milhões de vezes, ao longo do mês.

Os números mais recentes desta iniciativa também mostram que os conteúdos de saúde de governos e autoridades públicas europeias que tiraram partido das ferramentas de divulgação de anúncios da Google geraram 46 milhões de clicks e 269 milhões de impressões, em setembro.

Twitter e Tik Tok, que integram o mesmo grupo de colaboração com as autoridades europeias de combate à informação falsa sobre a COVID-19, revelaram que no mesmo mês - no que se refere ao Twitter - foram detetados 1.263 tweets promovidos que violavam a política da plataforma para a informação relacionada com a COVID-19. Cerca de 93% deste conteúdo não desejado foi aliás já detetado pelos sistemas automatizados de monitorização da empresa.

O Tik Tok relata que já marcou sete milhões de vídeos com palavras, hashtags ou música relacionada com a COVID-19 com a etiqueta “Conheça os factos sobre a COVID-19”, redirecionando os utilizadores a partir daí para informação credível sobre o tema. Em setembro, o serviço adicionou esta etiqueta a 47 mil vídeos nos seus principais mercados europeus e bloqueou outros sete mil vídeos por violação das políticas da empresa sobre informação médica.