Taylor Swift pediu aos seus fãs para “sacudirem” e foi mesmo o que fizeram durante a conhecida música “Shake it off”, num dos concertos da famosa cantora no Lumen Field em Seattle. O entusiasmo foi tal, que nesse dia de 22 de julho, os 70 mil fãs fizeram o estádio lotado tremer, sendo registado pelo Pacific Northwest Seismic Network (PNSN), que recolhe e estuda os movimentos do solo de cerca de 40 sismógrafos nos estados de Oregon e Washington.

Segundo foi explicado ao The Economist, a música em questão é tocada a 160 batidas por minuto, o que para o PNSN é um sinal de 2,6 Hz, com uma amplitude de aceleração semelhante a um centímetro por segundo.

Esta não foi a primeira vez que o sismógrafo registou o entusiasmo do público. Em janeiro de 2011 gravou a resposta dos fãs da equipa de futebol americano Seattle Seahawks a um touchdown de Marshawn Lynch, que fazia um movimento de aceleração em campo conhecido como “Beast Mode”, originando uma resposta do público com o seu “Beast Quake”.

A digressão Eras da cantora passou por Seattle por duas noites de espetáculo, incentivando os geólogos a aproveitar a oportunidade para estudar como os eventos no estádio fazem tremer a terra em redor. As conclusões desse concerto foram apresentadas no último dia 11 de dezembro numa reunião da união de geofísica em São Francisco.

O estudo pretendia distinguir o efeito da música por si e a resposta do público a assistir. Foram registados dois tipos de sinais, um com altas frequências (30-80 Hz) e outra com baixas frequências (1-8 Hz). Os sinais mais elevados foram registados durante o sound check, com a banda a afinar o som com o estádio vazio.

As frequências baixas mudavam de música para música em linha com o tempo de batida da mesma. A estas frequências eram conduzidas pela resposta da audiência e não da ressonância pela parte da estrutura do estádio. Nas suas explicações, no geral, o sinal no concerto de Taylor Swift foi mais elevado que o Beast Quake, presumidamente porque houve uma maior coordenação dos fãs à batida da música do que os de futebol.

Os sismógrafos já estão a preparar a visita dos Metallica em agosto de 2024 no Lumen field, para estudar as vibrações do concerto no estádio.