Há um foguetão chinês em voo descontrolado para entrar na Terra

A entrada na atmosfera deve acontecer nos próximos dias e o mais provável é que a viagem acabe no oceano pacifico.  

Há um foguetão chinês fora de controlo no espaço, que deverá fazer a reentrada na atmosfera esta semana. O alerta foi lançado pelo Pentágono, que estima a reentrada para o dia 8 de maio, ou perto disso.   

O Comando Espacial dos Estados Unidos está a monitorizar a trajetória do Chinese Long March 5B, explicou já em declarações à CNN o porta-voz do do Departamento de Defesa, Mike Howard, mas o local exato onde vai acontecer essa reentrada só será possível conhecer a poucas horas do momento. 

O risco de acidentes resultantes da entrada descontrolada do rocket na Terra, alegadamente são mínimos, garante um astrofísico da Universidade de Harvard, também contactado pela CNN. “O risco de ser atingido é incrivelmente pequeno, por isso não vou perder um segundo de sono com isso”, referiu Jonathan McDowell. O especialista diz que é quase certo que o equipamento acabe por se despenhar no oceano pacifico. 

Atualizações diárias de informação sobre o tema estão previstas e serão disponibilizadas através do serviço Space Track. Também o site Aerospace.org está a fazer o acompanhamento da trajetória do rocket e neste momento prevê que a reentrada na atmosfera aconteça na madrugada do dia 9 de maio, uma previsão que tem vindo a ser ajustada e que também começou por apontar a chegada à Terra para 8 de maio. 

Esta não é a primeira vez que a China se vê a braços com uma situação deste tipo. Em 2018 a estação espacial Tiangong-1 também acabou por regressar à Terra num voo descontrolado, rumo ao oceano pacifico. A viagem terminou sem danos maiores. 

O March 5B foi lançado no dia 29 de abril e ajudou a fazer chegar ao espaço o módulo principal da nova estação espacial chinesa, que deve estar pronta a funcionar em 2022. A Estação Espacial chinesa vai orbitar a cerca de 230 milhas acima da Terra (370km), um pouco abaixo da Estação Espacial Internacional, que é quatro vezes maior. Desde o ano passado e até final deste ano, estão previstas 11 missões para construir a plataforma.