Apesar da mensagem, sabe-se que a fuga levou a dupla de astronautas russos a abortar uma caminhada espacial planeada para o início do dia.

Sergei Krikalev, um astronauta veterano que desempenha funções como diretor dos programas de voos espaciais tripulados na Roscosmos, explicou que um meteorito que atingiu um dos radiadores externos da cápsula Soyuz MS-22 pode ter causado a fuga do líquido refrigerante.

O mau funcionamento pode afetar o desempenho do sistema de refrigeração da cápsula e a temperatura na secção de equipamentos da cápsula, mas não coloca em risco a tripulação, garantiu Krikalev em comunicado.

Krikalev acrescentou que os controladores de voo russos estão a avaliar a situação e a acompanhar os indicadores de temperatura na Soyuz. "Não houve outras mudanças nos parâmetros da nave Soyuz e da estação, então não existe uma ameaça para a tripulação", salientou.

Veja as imagens da Estação Espacial Internacional e dos seus vários módulos

A NASA indicou esta quinta-feira que "nenhum dos membros da tripulação a bordo da estação espacial estava em perigo e todos conduziram operações normais ao longo do dia". A agência norte-americana sustentou a declaração russa, referindo que "o circuito externo de arrefecimento do radiador da Soyuz é a fonte suspeita da fuga".

"A Roscosmos está a monitorizar de perto as temperaturas do módulo Soyuz, que permanecem dentro dos limites aceitáveis", apontou a NASA em comunicado.

"A NASA e a Roscosmos continuam a coordenar imagens externas e planos de inspeção para ajudar na avaliação do local da fuga externa. Planos para uma inspeção adicional do exterior da Soyuz utilizando o braço robótico Canadarm2 da estação estão a decorrer", frisou.

Sergei Krikalev explicou ainda que as operações futuras da estação dependem de uma avaliação da condição da cápsula.

Atualmente encontram-se na estação os astronautas russos Sergey Prokopyev, Dmitri Petelin e Anna Kikina, Frank Rubio Nicole Mann e Josh Cassada da NASA e Koichi Wakata, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão