A Agência Espacial Norte Americana anunciou que conseguiu lançar com sucesso no espaço o seu mais recente satélite. O Ionospheric Connection Explorer, ou ICON, tem como objetivo recolher informação sobre as condições da região onde termina a atmosfera terrestre e começa o espaço.

Segundo a NASA, a ionosfera é composta por ventos influenciados por diversos fatores, desde as estações do ano à radiação solar, passando também pelo aquecimento e arrefecimento que acontece ao longo do dia. É nesta região dinâmica, carregada de partículas elétricas, onde viajam as ondas rádio e os sinais de GPS e as flutuações e as variações que nela ocorrem podem causar problemas tecnológicos.

Para estudar o impacto das tempestades nas camadas mais baixas da atmosfera terrestre na ionosfera a empresa aeroespacial norte-americana Northrop Grumman desenvolveu e testou o ICON em parceria com a NASA. A missão tinha uma data prevista de lançamento em 2017, no entanto, vários problemas com o desenvolvimento do foguetão que o levaria até ao espaço atrasaram o projeto até outubro deste ano, tal como indicou a agência espacial.

Com esta missão, a agência espacial norte-americana espera melhorar as previsões das condições espaciais extremas, ajudando os cientistas a determinar o quão densa é esta região da atmosfera e analisar a sua composição química. De acordo com a NASA, as descobertas realizadas poderão servir para mitigar as consequências negativas das variações na ionosfera nas tecnologias terrestres.

O ICON junta-se agora à GOLD, ou Global-scale Observations of the Limb and Disk, da NASA. A GOLD, lançada para o espaço em 2018, tem como função monitorizar a parte superior da ionosfera. Ambas as missões vão agora trabalhar em conjunto para dar aos cientistas mais informações sobre a forma como a atmosfera terrestre funciona.