Science-Enabling Technologies for Heliophysics (SETH) e Solar Cruiser foram os projetos selecionados pela equipa da NASA, que pretende agora demonstrar o potencial das tecnologias por detrás dos satélites pequenos em melhorar a observação científica do espaço profundo.

Em comunicado, a agência espacial norte-americana esclarece que estas tecnologias poderão "ajudar a NASA a desenvolver modelos mais capazes de prever fenómenos meteorológicos que afetam os astronautas e o espaço". Ambas as propostas financiadas em 400 mil dólares para estudos numa missão de nove meses foram selecionadas com base na “potencialidade da tecnologia e ciência e na viabilidade de planos de desenvolvimento”.

O SETH apresenta duas tecnologias, sendo uma delas com base em comunicações óticas para satélites pequenos e cubesats, “menos complexas do que os sistemas atuais”. Desta forma, pode aumentar em 100 vezes as taxas de dados do espaço profundo, enquanto reduz a carga na Deep Space Network da NASA.

tek nasa

A segunda demonstração tecnológica a bordo do SETH deteta átomos neutros energéticos solares, átomos em movimento rápido com origem no Sol e sem carga, assim como um conjunto de ondas e outras partículas que surgem do Sol. Designado por HELIO Energetic Neutral Atom (HELENA), a ferramenta fornece observações que podem permitir alertas avançados de possíveis ameaças de radiação espacial aos astronautas.

À semelhança, o Solar Cruiser conta com duas vertentes tecnológicas. Uma vela solar de quase 18 mil pés quadrados demonstraria a capacidade de usar a radiação solar como um sistema de propulsão, que pode fornecer visualizações do Sol não facilmente acessíveis com a tecnologia atual.

A tecnologia poderia também permitir medições simultâneas da estrutura do campo magnético do Sol e da velocidade das ejeções de massa coronal. Essas explosões gigantescas de material solar são ejetadas no espaço e podem desencadear tempestades espaciais que, na pior das hipóteses, interferem nas redes de utilidades da Terra. Melhorar a tecnologia de recolha de dados nessa área "é particularmente útil para sistemas de alerta antecipado para infra-estrutura em risco na Terra".

Na conclusão do período de estudo de nove meses é selecionada uma proposta para ser lançada como uma carga secundária com a nave espacial IMAP da NASA, em outubro de 2024. Aproveitando a iniciativa de partilha de custos da NASA, o projeto vai ser acompanhado por duas outras missões científicas.

Sendo a primeira vez que o Programa de Sondas Terrestres Solares de Heliofísica da NASA financia este tipo de demonstração tecnológica, o diretor adjunto da Divisão de Heliofísica da NASA mostra-se muito satisfeito com este novo passo. “Proporcionar a oportunidade de amadurecer e testar tecnologias no espaço profundo é um passo crucial para incorporar novas técnicas em futuras missões”, afirma Peg Luce.

Ainda em junho, a NASA anunciou que vai lançar duas novas missões designadas por PUNCH e TRACER, que deverão estar ativas, o mais tardar, em agosto de 2022. Desta vez, o objetivo passa por estudar os efeitos do sol no espaço.

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