
A missão foi adiada por algumas horas mas acabou por partir esta madrugada, pelas 02h36 de Portugal continental, 22h36 locais em Kourou. O foguetão Vega, operado pelo consórcio europeu Arianespace colocou em órbita cinco satélites com missões bem definidas.
Os três minissatélites pertencem a um programa de demonstração liderado pelo Instituto Nacional de Tecnologia Aeroespacial (INTA), de Espanha, e pela Comissão Europeia, para monitorizar as águas interiores da Península Ibérica, nomeadamente de albufeiras e sapais.
A Arianespace afirmou, em comunicado, que o primeiro dos dois satélites de observação da Terra, Theos-2, foi construído pela Airbus e vai ser operado pela agência de desenvolvimento de geo-informática e tecnologia espacial da Tailândia Gistda.
O satélite vai fornecer imagens com uma resolução de 50 centímetros no solo e vai complementar as informações fornecidas pelo Theos-1, também lançado em 2008 para a Tailândia.
O segundo é o Formosat-7R/Triton, desenvolvido pela Agência Espacial de Taiwan (TASA, na sigla em inglês), equipado com um sistema que permite captar os sinais que se refletem na superfície do mar, que serão utilizados para calcular os ventos nos oceanos e, desta forma, ajudar a prever a intensidade e a trajetória dos ciclones.
A missão de hoje, inicialmente programada para sábado, foi batizada de VV23 e é a penúltima de um Vega na sua versão inicial, enquanto se aguarda a entrada em serviço do sucessor, o Vega-C, que só vai acontecer no final de 2024, após atrasos na sequência do fracasso da primeira missão comercial, em dezembro passado.
O problema para os europeus não se limita a este pequeno foguetão, mas o programa do Ariane 6, que vai suceder ao foguetão Ariane 5, está também a sofrer grandes atrasos, e o primeiro lançamento só deverá ser efetuado no próximo ano, em data não anunciada.
A isto acresce o facto de a invasão russa da Ucrânia ter levado à rutura da cooperação entre a Arianespace e Moscovo em matéria de lançadores, pelo que as naves espaciais russas Soyuz já não operam a partir de Kourou, e o consórcio não tem uma solução de substituição para oferecer aos clientes com os quais tem compromissos de lançamento de satélites em órbita.
A missão do último Vega clássico, que teve voo inaugural em 2012, está prevista para o segundo trimestre de 2024.
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