A imagem que foi captada por um dos instrumentos da sonda, logo após ter alunado, mostra uma zona relativamente plana.

A Organização Indiana para a Investigação Espacial divulgou na rede social X (ex-Twitter) também imagens do solo lunar durante a fase final de descida do aparelho.

A sonda foi lançada para o espaço em julho e está equipada com um veículo robótico que, em breve, se separará do aparelho principal e irá explorar o local de alunagem. Tem ainda uma série de experiências científicas planeadas no polo sul da Lua.

A alunagem bem-sucedida da Chandrayaan-3 às 13:33 (hora de Lisboa) fez da Índia o primeiro país a conseguir pousar um engenho espacial no polo sul da Lua, região inexplorada e onde haverá grandes quantidades de água gelada.

Veja as imagens do processo de alunagem partilhadas pelo centro de controlo

Para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, hoje foi "um dia histórico" para o país.

Esta é a segunda tentativa de alunar da Índia. Em julho de 2019, o país preparou-se para lançar a nave não tripulada Chandrayaan-2mas o lançamento acabou por ser cancelado a menos de uma hora. Segundo um porta-voz da Organização de Investigação Espacial da Índia, foi detetado um problema técnico no sistema do veículo de lançamento.

Missão científica

A Chandrayaan-3 vai manter-se ativa na superfície lunar durante 14 dias, de acordo com um comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA), que acompanha a missão através das suas estações de transmissão de dados telemétricos e científicos.

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A alunagem da Chandrayaan-3 ocorreu poucos dias depois de a Rússia ter falhado a alunagem da sonda Luna-25 na mesma região da Lua.

É no polo sul da Lua que os Estados Unidos querem colocar em dezembro de 2025 a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro, ao abrigo do novo programa lunar Artemis.

Os Estados Unidos são até agora o único país a colocar astronautas na superfície da Lua, entre 1969 e 1972. Eram todos homens e fizeram parte do programa Apollo, que acabou por ser desativado. Agora a ideia é incluir nas missões futuras também mulheres e o primeiro astronauta negro, que já começaram os treinos.

Os Estados Unidos, Rússia (ex-União Soviética) e China já tinham enviado engenhos espaciais para a Lua, mas para outras zonas da superfície do satélite natural da Terra.