Um dos principais desafios do controlo do armamento espacial é a dificuldade de verificar o cumprimento de potenciais acordos, uma questão agravada pela ambiguidade do termo “arma espacial”, dada a natureza de dupla utilização de muitas tecnologias espaciais, revela um estudo do Centro de Política e Estratégia Espaciais da Aerospace Corporation.
No novo estudo, Michael Gleason, analista de política de segurança nacional da Aerospace, refere que as crescentes tensões entre as principais partes necessárias para negociar um acordo com impacto não são o maior obstáculo para a negociação. “A falta de vontade política ou a incapacidade de cumprir qualquer dos pré-requisitos para o controlo do armamento pode atrasar as discussões”, mas, se houver abertura, a verificação “não deve ser considerada uma barreira intransponível para o controlo de armas espaciais”, afirma.
O documento apresenta uma framework de verificação “que pode ajudar a garantir que os desafios da verificação não sejam utilizados como uma desculpa conveniente para desistir do controlo de armas espaciais como opção”, assinala o autor que argumenta que os recentes avanços tecnológicos melhoraram as capacidades dos Estados Unidos e dos seus aliados para monitorizar as atividades espaciais, tornando a verificação potencialmente mais viável do que no passado.
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O aumento do risco de “instabilidade no espaço”, as “ameaças crescentes às capacidades espaciais dos Estados Unidos e a importância crescente do espaço na vida quotidiana” tornam a situação complexa, mas o estudo propõe que se utilizem novas tecnologias de conhecimento da situação espacial e métodos de recolha de dados para melhorar as capacidades de verificação.
Michael Gleason espera que a framework proposta estimule um interesse renovado por este tema complexo. “Sabendo que não é fácil”, também “não se deve partir do princípio de que é uma impossibilidade”, explica “A inter-relação entre os termos de um tratado, a disponibilidade de tecnologia de verificação adequada e a confiança suficiente para permitir uma verificação intrusiva, se necessário, é fundamental para se chegar a um acordo que seja efetivamente verificável”.
O autor recomenda, por isso, uma partilha de informações mais sólida sobre as atividades espaciais entre as nações. Com a framework, ao dividir “o desafio global nas suas componentes facilitadoras, torna-se claro que o problema, embora complexo e difícil, pode ser resolvido com medidas mais concretas e viáveis do que inicialmente se imaginava”.
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