A missão IM-2 da Intuitive Machines seguiu hoje para o Espaço, acompanhada pelo Lunar Trailblazer, o novo satélite lunar da NASA. Mas o foguetão Falcon 9 da SpaceX que deu “boleia” às duas missões levou também um projeto que faz parte de um novo plano para construir um centro de dados na Lua.

O projeto, apresentado em 2023, está a ser desenvolvido pela norte-americana Lonestar em parceria com a Phision Electronics. O objetivo passa por construir uma série de data centers na Lua, estabelecendo uma plataforma para armazenamento e processamento de dados para futuras missões lunares.

Lonestar | Data Center lunar
Lonestar | Data Center lunar Fases da missão espacial da Lonestar créditos: Lonestar

As empresas criaram uma solução de armazenamento de informação, essencialmente um conjunto de SSDs concebidos para centros de dados, capaz de suportar as condições do Espaço: de radiação cósmica a variações drásticas de temperatura, passando ainda por possíveis perturbações causadas pela chegada de novas missões à Lua.

A solução de armazenamento seguiu rumo à Lua, acoplada ao módulo Athena da missão missão IM-2 da Intuitive Machines, com um conjunto de dados no seu interior. Entre eles incluem-se dados partilhados por clientes da Lonestar interessados em testar os seus serviços de armazenamento de dados, além de aplicações para projetos de investigação.

Lonestar | Data Center lunar
Lonestar | Data Center lunar Carga da missão Freedom acoplada ao módulo Athena da Intuitive Machines créditos: Lonestar

Segundo a Lonestar, há também espaço para levar à Lua uma iniciativa desenvolvida em parceria com a Bethesda e a banda Imagine Dragons, que compôs o tema principal para o jogo Starfield. Quando a primeira “peça” do futuro centro de dados chegar ao seu destino, a canção Children of Sky será transmitida a partir da Lua.

A solução deverá chegar à superfície lunar no dia 4 de março. Como realça Christopher Stott, fundador e CEO da Lonestar em comunicado, a missão que seguiu rumo à Lua é apenas o início de um projeto a longo prazo. Se tudo correr como planeado, as empresas ambicionam expandir a capacidade de armazenamento do projeto até um petabyte.