Albert Gonzalez, o cracker de Miami envolvido naquele que é considerado o maior caso de roubo de identidade e fraude com cartões de crédito dos Estados Unidos, foi condenado a 20 anos de prisão pelo tribunal de Boston, EUA.

A sentença emitida ontem vem colocar termo aos dois processos que corriam nos tribunais de Nova Iorque e Massachusetts, contra o informático de 28 anos, também conhecido como "soupnazi". Por conhecer fica ainda a decisão no processo de Nova Jérsia, cuja sentença é esperada durante o dia de hoje.

A decisão fica aquém dos 25 anos pedidos pela acusação, mas de acordo com as declarações da juíza do tribunal de Boston, citada pela imprensa internacional, apesar de este ser "o maior e mais caro exemplo de um caso de hacking na história dos Estados Unidos", na decisão pesaram não só os custos para as empresas envolvidas, mas também o arrependimento de Gonzalez.

Em confissões assinadas anteriormente, Soupnazi tinha já admitido a culpa nas acusações conspiração para entrar nos sistemas informáticos de alguns dos maiores grupos financeiros e de retalho do país, fraude informática, roubo de identidade e de dados de dezenas de milhões de cartões multibanco de clientes. Num dos acordos, entregou mais de 1 milhão de dólares que tinha enterrado no quintal de casa dos pais, o que, segundo a magistrada, também foi tido em conta.

Entre os vários processos em que se encontra envolvido, o hacker é acusado de ter entrado nos sistemas de pagamento electrónico de alguns dos maiores retalhistas dos Estados Unidos, roubando dados de mais de 130 milhões de cartões e visando cerca de 250 instituições.