A falta de estratégias de continuidade é um entrave à evolução da escola e à adaptação aos novos tempos. A ideia dominou o debate, num painel dedicado à educação esta manhã no Congresso das Comunicações.

As TIC são uma ferramenta essencial nesta transformação da escola, mas a sua utilização só faz sentido integrada no modelo educativo e numa estratégia que deve ser duradoura e transversal a todo o sistema de ensino.

A falta de um fio condutor nos projetos TIC, que as escolas realizam de forma avulsa foi outro tema abordado pelos participantes e destacado por José Correia, diretor-geral da HP. A preocupação mereceu um comentário do responsável da direção geral da educação, José Pedroso, para lembrar que as escolas têm vindo a ganhar autonomia para trabalhar os seus próprios modelos e isso é preciso ter em conta neste debate.  Ainda assim, o responsável também concordou com a relevância de definir medidas para o sector que perdurem durante longos períodos e garantam estabilidade.

A E-xample, um consórcio de fabricantes de soluções e equipamentos para a escola digital é uma das entidades que tem colaborado com as escolas na introdução de ferramentas tecnológicas. Graça Bau, CEO do consórcio, adiantou que a estrutura tem levado a cabo vários pilotos de novos modelos pedagógicos, que promovem o uso das TIC em sala de aula mas também em casa.   

O responsável foi um dos que mais defendeu a necessidade de uma estratégia para a educação e para a utilização das TIC no apoio às escolas e aos programas curriculares. Considerou imprescindível a definição de “uma estratégia que não tem de ser fechada, mas que tem de ter linha estratégica realizável, calendarizada e de consenso”.

No mesmo debate participaram representantes da CONFAP e da UnyLeya. A ideia de lançar uma reforma curricular que acabasse com as reformas curriculares foi aliás lançada pelo presidente deste grupo, Jorge Pedreira.