A JP Sá Couto já exportou quase tantas unidades do Magalhães como as que foram adquiridas para as escolas nacionais durante o ano lectivo anterior. Mas, se no programa e-escolinha foram vendidos 400 mil computadores, no estrangeiro esse número poderá ser em breve ultrapassado.

Em declarações ao Diário de Notícias, João Paulo Sá Couto, gestor da empresa portuguesa, refere que se venderam, em 2009, 370 mil unidades versão um e dois do portátil, 350 mil dos quais para a Venezuela e 20 mil para a Rússia, Namíbia, Angola, Brasil, Espanha e Moçambique.

Ao todo, no estrangeiro a empresa já facturou este ano 70 milhões de euros, dos quais 69 milhões na Venezuela, cujo contrato prevê a aquisição de um total de um milhão de computadores.

Da versão dois do Magalhães, o MG2, foram vendidas apenas algumas unidades para a Espanha, Brasil e Rússia. Para a Venezuela, Moçambique, Angola e Namíbia, mas o gestor da empresa espera que todos os Estados que até agora compraram o Magalhães venham a adquirir mais tarde a sua versão mais actual.

João Paulo Sá Couto prevê também que os negócios internacionais venham a assumir um peso cada vez maior nos resultados anuais da empresa. "Em 2010 até já poderá ser superior ao que se factura no mercado nacional", admite, adiantando que a empresa já apresentou candidaturas a concursos noutros países, nomeadamente da América Latina, e não exclui a possibilidade e vir a vender Magalhães para a Argélia.

A J. P. Sá Couto espera atingir no final deste ano uma facturação de 216,2 milhões de euros.

Por cá, o Magalhães continua envolvido em polémica, devido à falta de concurso público na adjudicação do negócio. O tema já foi levado à Assembleia, merecendo igualmente um pedido de esclarecimentos por parte da Comissão Europeia ao Governo português.

A polémica não demove a assembladora que entretanto confirmou que está na corrida para o fornecimento de computadores aos alunos do Primeiro Ciclo, com o Magalhães 2.