Um grupo de programadores está a desenvolver um sistema que tem como objectivo poupar os actores das cenas mais intensas. O sistema cria duplos digitais idênticos aos personagens e dificilmente distinguíveis pelos espectadores.

Os efeitos especiais utilizados neste sistema há muito que já são explorados pelos técnicos de cinema, que recorriam à tecnologia para criar naves espaciais, monstros ou cenas dificilmente alcançáveis numa situação real.

Contudo, a tecnologia que agora se está a desenvolver permitirá criar modelos virtuais de pessoas reais que podem ser introduzidos em cenas violentas ou de elevada exigência física para os actores.

Paul E. Debevec, investigador da Universidade do Sul da Califórnia, refere que com este sistema estão prestes a "ser capazes de criar actores e heróis utilizando gráficos gerados por computador".

O processo para criar um duplo digital começa com a captação de fotografias dos actores em diferentes posições na Aguru Dome, uma cabina de aspecto futurista onde são captadas as imagens de forma detalhada e com a "melhor resolução do mundo". Com a cara do actor no lugar certo, as luzes começam a ser focadas em 546 direcções diferentes e captadas para 93 computadores.

Segundo os especialistas, a tecnologia "não só capta a forma da cara, como também a maneira como a luz incide sobre o rosto independentemente do ângulo".

Após este processo, os dados são processados para que seja dado início à manipulação da imagem. Desta forma, os directores podem criar cenas de acção que na realidade nunca poderiam ser filmadas.

Por enquanto esta tecnologia não está a ser utilizada nos estúdios embora alguns já a tenham experimentado. De momento não há qualquer intenção de utilizar o sistema em filmes inteiros, apenas em cenas mais arriscadas ou para "substituir" um actor que, por algum motivo, se veja impossibilitado de continuar a gravar a meio das filmagens.

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