Interoperabilidade, comunicação, flexibilidade são alguns dos factores chave na implementação dos projectos de modernização na Administração Pública, apontados por responsáveis do sector esta manhã, em Lisboa, no seminário "A Gestão de Conteúdos e Processos - Um contributo decisivo para a modernização e simplificação da Administração Pública".




Organizado pelo Instituto Nacional de Administração em parceria com a Partner Solutions, o encontro pretendia essencialmente discutir as condicionantes da adopção de soluções tecnológicas na AP e mostrar exemplos de boas práticas.




"Ao contrário do que se diz, não temos uma Administração Pública atrasada face ao sector empresarial", defendeu Rui Lucas, presidente do Instituto Nacional de Administração. "Em todos estes anos tenho contactado com projectos altamente inovadores, e nem sempre associados a tecnologias complexas e caras, como se poderá pensar", garantiu.




Tecnologia à parte, o sucesso para a implementação de um projecto na Administração Pública está dependente de três aspectos: "uma visão correcta da forma como funciona a organização; um bom parceiro tecnológico e uma boa pitada de flexibilidade de todos os intervenientes", defendeu Pedro Correia, administrador da Partner Solutions, empresa que tem no mercado várias soluções para a área da Administração Pública.




A estas condicionantes podem acrescentar-se outras como o empowerment, a participação e comprometimento e a formação e acompanhamento, sugeriu Conceição Figueiredo, consultora da Partner Solutions, na sua intervenção.




Quando se fala de um processo de gestão documental, como o que decorre actualmente em alguns organismos do Ministério da Justiça, a responsável sugere que se tenham em atenção aspectos como o diagnóstico e o consequente redesenho da forma como se trabalha e os planos de classificação, nomeadamente a definição de uma linguagem comum a todos os departamentos.




A definição de regras e prazos para arquivo e destruição de documentos e a divulgação e comunicação de informação sobre o projecto surgem como factores que, ao nível da organização, também devem ser endereçados quando se pretende ter sucesso na implementação de um processo de gestão documental.




A flexibilidade do sistema, de modo a poder aceitar desenvolvimentos a posteriori, e a interoperabilidade do mesmo com as ferramentas existentes são igualmente aspectos que os organismos públicos devem considerar quando ponderam a escolha de uma solução tecnológica, na opinião de Zaida Chora, vogal do Instituto das Tecnologias de Informação da Justiça (ITIJ), que apresentou o case study relativo à plataforma de serviços partilhados de gestão documental e workflow do Ministério da Justiça.




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