De acordo com o The Washington Post, o governo norte-americano está a debater a privatização da Estação Espacial Internacional (EEI). A avançar, o plano será concretizado depois de 2024, quando o financiamento público do projeto chegar ao fim.

O jornal explica que o fim do financiamento não é sinónimo da retirada do aparelho da órbita terrestre, mas adianta que a sua venda, a uma ou mais entidades privadas, é uma das opções que pode assegurar a manutenção das suas operações. Até lá, a NASA deverá aumentar o número de parcerias comerciais para tornar o negócio mais atraente para potenciais investidores.

Rússia com planos para instalar hotel de luxo na Estação Espacial Internacional
Rússia com planos para instalar hotel de luxo na Estação Espacial Internacional
Ver artigo

O Congresso dos EUA não apoia esta decisão, que diz ir contra os interesses públicos do país no domínio da exploração espacial. O documento do governo norte-americano a que o diário teve acesso argumenta, contudo, que esta decisão vai permitir a alocação de mais recursos para a próxima missão lunar da agência espacial norte-americana.

O futuro da Estação Espacial Internacional não é, no entanto, um assunto novo. Já em 2014 a administração Obama aprovou, com o apoio do Congresso, a extensão do financiamento à estação, até 2024. Neste momento existe uma fação que defende a extensão deste prazo até 2028, mas a privatização já foi discutida na especialidade, em 2016. Um dos problemas que esta última solução pode enfrentar é a falta de conhecimento das empresas privadas do sector, para operar e manter uma estrutura espacial com a dimensão da EEI. Apesar de já voarem com alguma regularidade para a estação, companhias como a Orbital ATK e a Space X podem demorar algum tempo até estarem perfeitamente munidas com os recursos necessários à tarefa.