A Adobe vai abandonar o desenvolvimento do plug-in que levava o seu software Flash Player para as plataformas móveis. A informação é avançada pela ZDNet que cita uman nota interna da companhia, onde esta justifica que o abandono da versão móvel do Flash Player vai dar espaço à empresa para se focar mais no HTML5.
A mesma nota garante que os desenvolvimentos em torno do Flash, no domínio dos dispositivos móveis, passam no futuro a focar-se no desenvolvimento de aplicações nativas com Adobe Air. A Adobe continua no entanto a assegurar suporte à tecnologia a quem a utiliza, só deixa de acompanhar o lançamento de novas versões dos browsers, base sobre a qual a tecnologia funciona.
A medida acaba por vir dar razão a Steve Jobs, ex-presidente da Apple, que decidiu suspender a utilização da tecnologia nos dispositivos da fabricante, por considerar que esta estava desadequada à lógica dos dispositivos táteis.
Numa nota publicada em abril do ano passado o gestor, falecido no mês passado, explicava as razões da Apple para fechar a porta ao Flash Player em dispositivos como o iPhone ou o iPad. O facto da tecnologia ser proprietária era um deles. Reconhecendo que a Apple também mantém várias tecnologias proprietárias, Jobs alegava que "todos os padrões da Web devem ser abertos" e explicava que a fabricante do iPhone preferia apostar no HTML, CSS e Javascript. "Em particular, aposta claramente no HTML5", referia.
Jobs também dizia que a tecnologia da Adobe é da "era do PC, não dos dispositivos móveis". O Flash é "da época do rato, e não da era dos ecrãs de toque", para além de não ser "seguro ou estável", de gastar muita bateria e ser multiplataforma, alegava.
Mais recentemente também a Microsoft mostrou sinais de querer abandonar o suporte ao Flash Player nos seus dispositivos móveis.
A Adobe primeiro reagiu mal às decisões das fabricantes e no caso da Apple chegou mesmo a apresentar uma queixa nas instâncias competentes, alegando que a empresa ainda liderada por Steve Jobs na altura estava a limitar a sua atuação no mercado, ao decidir deixar de suportar a tecnologia. Conseguiu que fossem feitas investigações nos Estados Unidos e na Europa.
Na nota a que a ZDNet teve acesso a Adobe também revela que vai reorganizar o negócio em duas áreas: Digital Media e Digital Marketing e despedir 7 por cento da força de trabalho, o correspondente a 750 trabalhadores. A primeira orientada ao fornecimento de ferramentas de criação de conteúdos e às soluções na nuvem e a segunda aos sistemas de análise.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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