A Ford e a Amazon estão a aprofundar a sua colaboração na área dos carros conectados. Durante a CES 2017, em Las Vegas, a marca norte-americana anunciou que vai expandir a utilidade da assistente virtual da gigante do comércio eletrónico, a Alexa, para que os condutores possam não só comunicar com os seus equipamentos de domótica inteligentes, mas também para poderem, por exemplo, fazer encomendas ou pedir informações de qualquer espécie sem terem de sair do carro ou pegar no telemóvel.

De acordo com a Reuters, este é mais um passo em frente no processo de incorporação da Alexa nos carros da Ford, que disse, no passado mês de outubro, que já planeava incluir a assistente virtual em três modelos.

Citado pela agência noticiosa, Don Butler, o responsável pela divisão de conectividade da Ford, considera que assistência virtual é uma tendência galopante na indústria automóvel.

Segundo consta, até 2020 a fabricante pretende ter nas estradas do mundo 20 milhões de carros com modems embutidos que permitam recorrer à assistência virtual sem ser preciso utilizar o smartphone como intermediário. Estima-se que 10 milhões digam respeito ao mercado norte-americano.

Mas outras marcas têm também investido na transformação dos seus carros em equipamentos conectados e que permitam aos condutores terem acesso a uma panóplia de serviços digitais que têm hoje à sua disposição nos seus smartphones.

Embora ainda não haja uma confirmação oficial, já poucas dúvidas restam acerca dos planos da Nissan para integrar a assistente virtual da Microsoft nos seus veículos.

Numa mensagem publicada na sua página oficial no Twitter, a Nissan Motor dizia que esta quinta-feira, dia 5 de janeiro, data do arranque oficial do CES, iria realizar a sua conferência principal e aconselhava os utilizadores a pedirem à Cortana para lembrá-los.

Sobram muito poucas dúvidas de que a fabricante japonesa está a trabalhar no sentido de por a Cortana ao serviço dos seus condutores.

Já é mais do que evidente que as assistentes virtuais estão a ampliar os seus horizontes tradicionais, a sair dos dispositivos móveis e computadores, e a viajar para a domótica e para os automóveis.

Da mesma forma que agora observamos a competição entre os sistemas operativos que dominam o mercado dos smartphones e dos tablets, podemos estar a caminhar em direção a um cenário em que as marcas de carros vão começar a competir também no setor das assistentes virtuais, ampliando-se assim o “campo de batalha”.