Chegou o dia pelo qual milhões utilizadores de todo o mundo esperavam. Aquele que já apelidaram de "o dia iPhone" vai ter o ponto alto às seis horas da tarde -horário norte-americano - quando todas as lojas da Apple e as cerca de 2 mil da AT&T abrirem portas e iniciarem a venda do telemóvel.




Considerado por muitos como "um objecto de culto", o iPhone será recebido em primeira-mão pelas centenas de utilizadores que acamparam à porta dos pontos de venda há já vários dias na esperança de levar ainda hoje o equipamento para casa. Nem os preços praticados pela Apple assustam os mais entusiastas que já fazem fila para comprar o telemóvel desde a madrugada de segunda-feira.




Este comportamento levou aliás a empresa de Steve Jobs a estabelecer um conjunto de regras que deverão ser cumpridas nas 164 lojas da marca abertas para o lançamento. Entre as normas destaca-se a impossibilidade de um cliente adquirir mais do que dois telemóveis ou ser atendido se estiver fora da linha de atendimento por ordem de chegada.




Tal como acontece em situações que envolvem o lançamento de um produto de destaque, várias consultoras analisaram o comportamento do público face à chegada do iPhone. A comScore refere que os norte-americanos inundaram os motores de busca com mais de 6,9 milhões de queries acerca do telemóvel da Apple e cerca de 274 mil questões relacionadas com o iPhone por semana desde que Steve Jobs anunciou o seu lançamento na Macworld Expo.




A procura por informações acerca do produto poderá ser um indicativo do sucesso a alcançar no mercado. Mesmo assim, a IDC questiona até que ponto todo este mediatismo será sinónimo de um volume de vendas capaz de suportar todas as envolventes associadas ao iPhone.




Um dos factores negativos apontados pela consultora é o preço de venda ao público do equipamento. Apesar de todas as capacidades do produto, os 499 dólares e os 599 dólares exigidos pelas versões de 4GB e 8 GB, respectivamente, são, no entender da consultora, elevados, o que poderá significar que, após o período inicial, o volume de vendas do equipamento venha a estagnar.




É de referir que associado ao preço do equipamento acresce o valor dos contratos de assinatura com a AT&T, o que, de acordo com a Apple poderá levar o preço do iPhone aos 3 mil dólares, um valor que combina custos máximos com os contratos de fidelização. A operadora anunciou esta semana que os contratos prevêem a oferta de diferentes tipos de planos de comunicações, cujas mensalidades variam entre os 60 e os 100 euros.




Resta relembrar que o iPhone, para além de combinar as funções de um iPod com as de um telemóvel, permite que os utilizadores acedam à Internet, vejam televisão, tirem fotografias, acedam a conteúdos do YouTube ou ao Google Maps, entre outras tarefas, tudo a partir do seu ecrã táctil de três polegadas.




O telemóvel deverá chegar ao mercado europeu ainda este ano. Ainda não está definido qual o operador responsável pelo lançamento do equipamento no nosso continente embora, por enquanto, estejam a decorrer conversações com a Vodafone.




Patricia Barreiros




Notícias Relacionadas:

2007-06-26 - Planos de preços para o iPhone revelados pela Apple

2007-06-21 - iPhone permitirá acesso a vídeos do YouTube