A Apple expandiu o seu programa de reparações dos seus computadores Mac a empresas independentes. Isso significa que qualquer loja de reparações pode receber peças oficiais e formação, assim como o selo de aprovação da marca da maçã. O programa de reparações independentes começou o ano passado com os smartphones iPhone, seguindo-se agora os computadores, segundo avança a Reuters.
Anteriormente, qualquer avaria nos computadores deveria ser entregue aos serviços centrais da Apple, ou qualquer prestador de serviço autorizado pela empresa. Esta abertura permite assim expandir a cobertura de reparações, descentralizando os serviços da marca da maçã.
De lembrar que devido ao isolamento da pandemia de COVID-19, as vendas de computadores subiram, incluindo os Mac. A empresa revelou que no segundo trimestre do ano obteve um aumento de 7,3% da quota de mercado das vendas de computadores, mais 1% em relação ao ano passado. Isso traduziu-se num aumento de vendas do Mac de 21,6%, numa faturação de 7 mil milhões de dólares.
Ter mais computadores nos lares dos consumidores significa mais equipamentos com avarias, e segundo Jeff Wiiliams, COO da Apple, “quando um equipamento necessita ser reparado, queremos que as pessoas tenham acesso a soluções seguras e de confiança. Adicionámos assim milhares de novos locais de reparação ao longo do último ano e queremos trazer essa experiência confiável de reparações aos utilizadores de Mac”.
Apesar da abertura do programa de reparações aos iPhones, a gigante tecnológica foi acusada de práticas abusivas contra os reparadores independentes. Uma investigação levada a cabo pela Motherboard conseguiu ter acesso ao contrato que a Apple obrigava as empresas independentes a assinar para poderem participar no IRPP. O documento estabelecia que a empresa da maçã poderia aparecer a qualquer momento numa das lojas para auditorias surpresa. As inspeções tinham como objetivo verificar se a empresa em questão estava a usar as peças autorizadas. Caso um estabelecimento independente usasse componentes da Apple falsificados ou que violassem a sua propriedade intelectual, este arriscava-se a multas de cerca de 1.000 dólares. E mesmo que uma empresa saísse do programa, poderia continuar a receber visitas da Apple.
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