O esforço que a Apple tem feito para diminuir o seu impacto no meio ambiente, através da aposta em energias renováveis e em processos de fabrico mais ecológicos, estão a surtir efeitos. E o reconhecimento vem daquela que é uma das associações ambientais mais ativas e com mais mediatismo em todo o mundo.

O relatório "Clicking Clean" da Greenpeace revelou que a Apple obteve as melhores notas em quatro critérios avaliados pela organização. Além disso, foi apurado que toda a fonte de energia da empresa tecnológica é obtida a partir de energia renovável, não recorrendo a fontes provenientes de gás natural, carvão e energia nuclear.

“O compromisso público da Apple para ser uma empresa ambientalmente responsável e, especificamente, para renovar energia tem sido significativamente elevado desde o último relatório da Greenpeace, e apoiado diretamente pelo seu CEO Tim Cook em várias ocasiões”, lê-se no relatório.

Recentemente, a gigante de Cupertino investiu 848 milhões de dólares numa central fotovoltaica que será usada para iluminar a sua nova sede, com conclusão prevista para 2016.

Yahoo, Facebook e Google também receberam o carimbo "verde"

Do rol das empresas analisadas pela Greenpeace, também foram consideradas "verdes" a Yahoo, o Facebook e a Google. Estas tecnológicas obtiveram igualmente boas notas nos critérios de avaliação e foi apurado que utilizam uma quantidade considerável de energia renovável nas suas instalações.

A ONG referiu que a Yahoo continua a ter "um dos melhores desempenhos na percentagem de energia limpa desde que começou a avaliar as empresas de Internet". Já o Facebook foi citado por ter apresentado "melhorias radicais na transparência e nos esforços em proporcionar investimento em energia eólica de maneira significativa".

Por outro lado, empresas como a Microsoft, a Amazon, o eBay e a HP, foram qualificadas como poluentes. A companhia responsável pelo Windows, por exemplo, obteve a nota mais baixa em todos os critérios, além de utilizar 30% da sua energia vinda do carvão e 10% proveniente de energia nuclear.

Serviços de streaming apontados como uma ameaça

A transmissão de vídeos por streaming tem crescido muito nos últimos tempos. E, de acordo com o mesmo relatório, plataformas como o Netflix, o Hulu e os vídeos do Youtube apresentam-se como um desafio constante para as empresas se tornarem mais sustentáveis. A Greenpeace aponta que ao elevar o consumo de energia, devido a transmissão de vídeos digitais, eleva-se a poluição causada pela eletricidade.

“A rápida transição para o modelo de distribuição de vídeos por streaming, assim como tablets e outros dispositivos leves que requerem uso de armazenamento em nuvem, significa cada vez mais uma elevada procura para os data centers, o que vai exigir maior consumo de energia”, indica o relatório.

A título de exemplo, só nos primeiros três meses do ano a Netflix angariou mais de quatro milhões de novos clientes para o seu serviço de distribuição de vídeo através da Internet. Atualmente a empresa tem 60 milhões de utilizadores mensais.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico