A Apple pode deixar de usar a marca iPhone para designar os smartphones que vende no Brasil. A empresa brasileira IG Electrônica fez o registo do nome iPhone no ano 2000, sete anos antes de a marca da maçã anunciar o telemóvel que acabaria por revolucionar o conceito de dispositivos móveis. Agora resta à Apple chegar a um acordo com a tecnológica brasileira.

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) do Brasil deve divulgar amanhã, dia 5 de fevereiro, que todos os pedidos feitos pela Apple para registo da marca iPhone e que estejam relacionados com a área da telefonia móvel foram rejeitados, avança O Globo.

O primeiro pedido terá sido feito em 2006 e o último em 2011, mas no ano de 2008 já a IG Electrônica detinha o nome iPhone depois de oito anos antes ter feito o pedido junto da entidade de propriedade industrial brasileira.

Ao todo terão sido cerca de 11 os pedidos feitos pela empresa de Cupertino para que pudesse usar a marca iPhone nos telemóveis, mas as requisições ainda não tinham sido analisadas pelo INPI. Caso o organismo não reconheça nenhum dos pedidos à Apple, a empresa norte-americana pode enfrentar processos judiciais pois a IG Electrônica vende no Brasil um telemóvel com o nome "gradiente iphone", e neste caso é a marca da maçã quem está em incumprimento.

Resta a Tim Cook e aos restantes responsáveis da Apple tentarem chegar a acordo com os dirigentes da tecnológica brasileira para que possam continuar a usar o nome iPhone sem estarem sujeitos a processos em tribunal. Nos EUA e aquando do lançamento do iPhone original, a marca da maçã comprou os direitos do nome iPhone à Cisco.

Mas este tipo de caso não é novo para a Apple. No final de 2012 a empresa perdeu o direito de usar o nome iPhone no México e ainda no mesmo ano, a empresa de Cupertino andou numa guerra jurídica com uma empresa chinesa por causa do nome iPad.. que acabaria também por perder e que só conseguiu recuperar mediante um acordo de 60 milhões de dólares.

Escrito ao abrigo do novo Acordo
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