
Os "planos ambiciosos da Apple para o futuro", anunciados no final de outubro pelo CEO Tim Cook na altura da criação de uma nova divisão de semicondutores na empresa, poderão ter sido parcialmente desvendados por fontes anónimas da Apple, que admitiram estar em preparação uma nova geração de processadores que, a partir de 2017, poderão passar a ser usados nos iMac e nos MacBook.
Os rumores estão a ser avançados pela agência Bloomberg, que cita três colaboradores da Apple que solicitaram o anonimato, para explicar que a empresa está a preparar a substituição dos processadores Intel nos seus computadores de secretária e portáteis, por versões com designs semelhantes aos usados nos iPads e iPhones.
Seis anos depois de começar a usar processadores Intel, a Apple escusou-se a comentar a notícia da Bloomberg; e a Intel remeteu para a Apple as questões relativas a novos processadores… da própria Apple.
Os rumores agora divulgados prendem-se com a direção que o mercado dos dispositivos portáteis está a seguir, em termos de capacidade de processamento, bem como com a estratégia da Apple para o desenvolvimento de semicondutores.
Por um lado, os engenheiros da empresa de Cupertino acreditam que o design dos processadores atualmente usados nos seus dispositivos móveis terão capacidade suficiente para correr em desktops e portáteis no futuro.
Por outro lado, à medida que os dispositivos portáteis se assemelham a muitos PCs em termos de capacidade, será de esperar a possibilidade de usar processadores comuns ou, pelo menos, com arquiteturas semelhantes. Esta é, pelo menos, a opinião do especialista da Gartner, Sergis Mushell, que admite a utilização no futuro de processadores comuns e, por arrasto, a perda de quota de mercado da Intel.
"A Apple dita tendências, e a partir do momento que desenvolverem os seus próprios chips muitos outros poderão seguir um caminho semelhante" referiu este analista à agência Bloomberg, explicando que "se a mobilidade é mais importante do que a funcionalidade, teremos então um ambiente completamente diferente do que aquele com que hoje lidamos".
O mesmo responsável dá ainda o exemplo do crescimento dos processadores baseados em tecnologias ARM, associando-o não só ao "insucesso" que a Intel está a experimentar nos segmentos dos dispositivos móveis, como às aquisições que a Apple tem realizado de empresas que desenvolvem e produzem chips com esta arquitetura.
Por fim, a recente criação de uma divisão na Apple denominada Tecnologias, que congrega exatamente o know-how obtido com essas aquisições e as equipas da Apple que têm desenvolvido processadores para vários produtos móveis, está também a ser vista como mais um dado importante da nova estratégia para substituir os processadores da Intel.
O que, ainda segundo as fontes da Apple, não deverá acontecer nos anos mais próximos.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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