Os recentes ataques que atingiram o Facebook, Twitter e também a Apple podem ter origem na Europa de Leste e não na China, como inicialmente foi referido pelos analistas de segurança. No mês passado o New York Times admitiu ter sido alvo de ataques informáticos originados na China, num afirmação que foi secundada por outros grandes jornais norte-americanos, e ontem uma empresa de segurança acusou a China de ser responsável por mais de uma centena de ataques nos Estados Unidos.

A Bloomberg contactou investigadores que admitem que os ataques tenham origem na Rússia ou noutro país da Europa de Leste, sendo o objetivo o roubo de informação comercial, investigação e propriedade intelectual destas empresas para vender, afastando a ideia de hacking patrocinado pelo governo chinês.

Os investigadores admitem que o tipo de ataques, e o malware utilizado, é mais compatível com o modo de operação destes grupos individuais do que com operações de ciberespionagem. Foi ainda identificado pelo menos um servidor utilizado pelos hackers que pertence a uma empresa ucraniana de hosting.

A agência indica que cerca de quarenta empresas norte americanas admitiram ataques informáticos nos últimos meses e a Apple é a mais recente a juntar-se à lista, tendo anunciado hoje que os computadores dos seus empregados foram vitimas de hacking, mas que não há evidência de que tenha sido roubada qualquer informação.

Os ataques usaram a mesma vulnerabilidade de um plug-in de Java que tinha sido utilizado também no caso dos ataques a outras empresas, nomeadamente no Facebook e Twitter, embora nestes casos tenham sido atingidos um reduzido número de equipamentos.

Ainda em Dezembro a empresa de segurança McAfee tinha descrito uma operação que tinha por alvo os bancos norte americanos, com origem na Europa de Leste. O Project Blitzkrieg, como foi denominado, foi na altura considerado uma ameaça credível.

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