Bill Gates considera versão reduzida do Windows para cativar governos asiáticos

30 jun 2004 12:01

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O presidente da Microsoft admitiu flexibilizar as condições de venda de uma edição simplificada do Windows XP como forma de garantir presença nos programas governamentais de educação ou informatização da Administração Pública nos países asiáticos.

Bill Gates admitiu numa conferência de imprensa na Malásia estar disponível para negociar com os governos asiáticos a venda de versões reduzidas do Windows. O presidente da Microsoft não concretizou a que países se referia, adiantando apenas que iria ser flexível quando se mostrasse viável realizar acordos que levassem o software da empresa americana a programas governamentais em países da Ásia, cita o The Register.

O objectivo do responsável será estender acordos semelhantes ao que já assinou com o governo da Malásia e Tailândia para a venda de uma edição do Windows XP a que chamou XP Starter Edition.

O movimento é visto como mais uma tentativa de travar a concorrência crescente por parte dos empresa de software open source que estão a negociar com vários governos - entre eles asiáticos - no sentido de realizar acordos especiais para introdução de software livre nas escolas, ou mesmo nos organismos da Administração Pública.

Este esforço na Malásia é particularmente notório, com a Microsoft a assumir um papel activo na política tecnológica do país, o que se traduz num investimento de 2,62 milhões de dólares, ao longo dos próximos cinco anos, destinados à formação de professores.

Em Portugal, a Microsoft está também a realizar alguns esforços no sentido de ver o seu software ocupar lugar central nas plataformas tecnológicas de ensino. Um dos exemplos disso é a plataforma Class Server que está a ser usada em várias escolas, no âmbito de uma experiência piloto que no próximo ano lectivo poderá passar a utilização efectiva.

No que respeita às salas TIC, um projecto promovido pelo Ministério da Educação que visa munir as escolas de salas com acesso ao PC e Internet para reforçar as competências dos alunos do ensino secundário na área da Tecnologias de Informação e Comunicação, a Microsoft concorre em condições de quase igualdade com a concorrência open source. Nos 13 mil PCs que estão previstos instalar nas escolas a opção do ministério foi de que funcionem em dual boot entre Windows e Linux Caixa Mágica.